Desde a noite do dia 23 de abril, quando os ambulantes da cidade de João Pessoa tiverem seus 158 carrinhos de frutas e verduras removidos do Mercado Central, que enfrentam uma verdadeira onda de perseguição por parte da Secretaria de Desenvolvimento e Controle Urbano (Sedurb) da Prefeitura Municipal de João Pessoa.
Na amanhã dessa quarta (29), os ambulantes, que lutam por sobreviver em meio ao aumento de desemprego e fome que assolam o Brasil, conforme demonstrado pelos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, trancaram a avenida Padre Meira, no centro da capital paraibana e depois foram em direção à Praça Pedro Américo. Neste exato momento ocupam o prédio do Paço Municipal da Prefeitura de João Pessoa, onde foram recebidos com balas de borracha pela polícia.
Vivianne Pessoa que estava no Paço no momento da ocupação do local pelos ambulantes disse: “Nunca vi tanta polícia para impedir que os trabalhadores, que já são precarizados, lutem pelo direito de trabalhar e sobreviver, estou impressionada”.
Márcia Medeiros, presidente da Associação dos Ambulantes de JP. / Reprodução.
Márcia Medeiros, presidente da Associação dos Ambulantes, levou um soco na boca, por um dos guardas municipais. Keyla Vieira, uma das trabalhadoras que estão protestando no local, contou o momento de confusão envolvendo a guarda municipal contra os ambulantes, "os guardas sacaram a arma aqui para atirar e eu fui avisar ao pessoal e o guarda começou a me puxar e me bater, o mesmo que me bateu, foi o mesmo que deu um soco em Márcia".
“Precisamos falar com o prefeito”, disse Márcia. Agora, os ambulantes aguardam uma resolução para o impasse junto ao Prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo (PV).
Edição: Heloisa de Sousa