Paraíba

TSUNAMI DA EDUCAÇÃO 2

Ruas da Paraíba são tomadas por manifestantes em defesa da educação

A pauta contra a reforma da previdência e da Greve Geral também estiveram presentes

Brasil de Fato | João Pessoa (PB) |
Ato do dia 30 de maio aconteceu em 16 cidades paraibanas
Ato do dia 30 de maio aconteceu em 16 cidades paraibanas - Christian Woa

Os atos convocados para acontecer no dia 30 de maio pela União Nacional do Estudantes demonstraram que a juventude não está de brincadeira e como o próprio canto nas ruas diz: “unificou, unificou os estudantes junto com os trabalhadores!” E esse foi o resultado apresentado nas ruas.

Na Paraíba, as manifestações aconteceram em João Pessoa, Campina Grande, Patos, Cajazeiras, Sapé, Sousa, Solânea, Guarabira, Cuité, Sumé, Areia, Picuí, Esperança e Itaporanga.

As cidades de Mamanguape, Santa Rita e Cabedelo se integraram ao ato de rua da capital paraibana, que foi gigantesco. Os manifestantes empunhavam cartazes, faixas, batucadas e muita firmeza em defesa da educação. Em torno de 35 mil pessoas saíram de frente da Universidade Federal da Paraíba e seguiram com destino à Praça da Paz, no bairro dos Bancários. 

Márcio Félix (meio da faixa), estudante do IFPB. / Christian Woa.

Márcio Silva Félix, estudante do curso de controle ambiental do IFPB, disse que foi para às ruas em defesa da educação pública, “a educação pública é a melhor e a de melhor qualidade, o que Bolsonaro fez foi uma atrocidade com os estudantes”.

Não faltou a lembrança do patrono da educação brasileira, Paulo Freire, e nem das bandeiras em defesa de Lula Livre.

Faixa pendurada na avenida Sérgio Guerra, no Bancários, em João Pessoa. / Heloisa de Sousa

Para Gilson Matos, que é professor, Lula representa a oposição a todo um projeto de desmonte do Estado Brasileiro, que se materializa hoje em Bolsonaro (PSL). “Querem deixar nossa juventude e as novas gerações na ignorância e isso nós não vamos deixar, vamos para as ruas”, explicou.

Foto: Heloisa de Sousa

O chamado para a Greve Geral das trabalhadoras e dos trabalhadores também foi feito pelos presentes, que já se preparam para parar o país no dia 14 de junho, e contam com os estudantes nessa batalha.

 “Estamos dando, mais uma vez, uma demonstração de força, a Central Única dos Trabalhadores (CUT), vários sindicatos, de várias categorias, junto com os estudantes, com os professores estamos mostrando ao país que não aceitamos os retrocessos que querem fazer com a educação, queremos também aproveitar esse espaço para convidar os estudantes e os professores, todas as categorias que estão aqui presentes para participar da grande Greve Geral, que vamos fazer neste dia 14 de junho”, disse Paulo Marcelo, presidente da CUT – PB.

Manifestação em João Pessoa. / Ricardo Araújo.

Para a estudante do Instituto Federal da Paraíba, Lorena Almeida, o ato deste dia 30 foi maior do que o que aconteceu no dia 15 de maio. “Mostramos que o movimento estudantil não está morto, estudante tem consciência política, estudante é cidadão e a aula hoje foi na rua, aula de Democracia, de Ética, de Moral e de Política. Esse governo quer fechar nossas escolas, estamos lutando pelo ensino, público, gratuito e de qualidade. O Instituto Federal é quem mais publica patente no Brasil. Aqui não tem nenhum idiota útil e o presidente deve estar vendo agora isso e tem mais de 14 de junho vai ser ainda maior”, frisou a estudante.

Manifestante em JP. / Christian Woa.

“Seja no campo, seja nas cidades, todas as categorias estão sendo atingidas por um governo imoral. Um governo que não tem o mínimo respeito pelo cidadão brasileiro”, disse do deputado federal, Frei Anastácio (PT), de 75 anos, que é fundador da Pastoral da Terra na Paraíba. O ato em João Pessoa encerrou com a chegada da caminhada - que saiu do portão em frente ao CCHLA, na Universidade Federal da Paraíba - à Praça da Paz, onde aconteceu apresentações musicais, de dança e teatro.

Ato cultural na Praça da Paz. / Cida Alves.

Veja também como foram as manifestações em outras cidades paraibanas:

Campina Grande

Cerca de 5.000 pessoas saíram às ruas de Campina Grande em defesa da educação e contra a Reforma da Previdência.

Sapé

Cajazeiras

Cuité

Patos

Esperança

Guarabira

Areia

Solânea

Sousa

Em Sousa, a estratégia foi ir para o calçadão no centro da cidade, onde professores, alunos e servidores da UFCG e do IFPB, orientaram as pessoas sobre previdência social. Teve também doação de mudas de plantas e bolos produzidos no IFPB.

 

Edição: Heloisa de Sousa