Os atos convocados para acontecer no dia 30 de maio pela União Nacional do Estudantes demonstraram que a juventude não está de brincadeira e como o próprio canto nas ruas diz: “unificou, unificou os estudantes junto com os trabalhadores!” E esse foi o resultado apresentado nas ruas.
Na Paraíba, as manifestações aconteceram em João Pessoa, Campina Grande, Patos, Cajazeiras, Sapé, Sousa, Solânea, Guarabira, Cuité, Sumé, Areia, Picuí, Esperança e Itaporanga.
As cidades de Mamanguape, Santa Rita e Cabedelo se integraram ao ato de rua da capital paraibana, que foi gigantesco. Os manifestantes empunhavam cartazes, faixas, batucadas e muita firmeza em defesa da educação. Em torno de 35 mil pessoas saíram de frente da Universidade Federal da Paraíba e seguiram com destino à Praça da Paz, no bairro dos Bancários.
Márcio Silva Félix, estudante do curso de controle ambiental do IFPB, disse que foi para às ruas em defesa da educação pública, “a educação pública é a melhor e a de melhor qualidade, o que Bolsonaro fez foi uma atrocidade com os estudantes”.
Não faltou a lembrança do patrono da educação brasileira, Paulo Freire, e nem das bandeiras em defesa de Lula Livre.
Para Gilson Matos, que é professor, Lula representa a oposição a todo um projeto de desmonte do Estado Brasileiro, que se materializa hoje em Bolsonaro (PSL). “Querem deixar nossa juventude e as novas gerações na ignorância e isso nós não vamos deixar, vamos para as ruas”, explicou.
O chamado para a Greve Geral das trabalhadoras e dos trabalhadores também foi feito pelos presentes, que já se preparam para parar o país no dia 14 de junho, e contam com os estudantes nessa batalha.
“Estamos dando, mais uma vez, uma demonstração de força, a Central Única dos Trabalhadores (CUT), vários sindicatos, de várias categorias, junto com os estudantes, com os professores estamos mostrando ao país que não aceitamos os retrocessos que querem fazer com a educação, queremos também aproveitar esse espaço para convidar os estudantes e os professores, todas as categorias que estão aqui presentes para participar da grande Greve Geral, que vamos fazer neste dia 14 de junho”, disse Paulo Marcelo, presidente da CUT – PB.
Para a estudante do Instituto Federal da Paraíba, Lorena Almeida, o ato deste dia 30 foi maior do que o que aconteceu no dia 15 de maio. “Mostramos que o movimento estudantil não está morto, estudante tem consciência política, estudante é cidadão e a aula hoje foi na rua, aula de Democracia, de Ética, de Moral e de Política. Esse governo quer fechar nossas escolas, estamos lutando pelo ensino, público, gratuito e de qualidade. O Instituto Federal é quem mais publica patente no Brasil. Aqui não tem nenhum idiota útil e o presidente deve estar vendo agora isso e tem mais de 14 de junho vai ser ainda maior”, frisou a estudante.
“Seja no campo, seja nas cidades, todas as categorias estão sendo atingidas por um governo imoral. Um governo que não tem o mínimo respeito pelo cidadão brasileiro”, disse do deputado federal, Frei Anastácio (PT), de 75 anos, que é fundador da Pastoral da Terra na Paraíba. O ato em João Pessoa encerrou com a chegada da caminhada - que saiu do portão em frente ao CCHLA, na Universidade Federal da Paraíba - à Praça da Paz, onde aconteceu apresentações musicais, de dança e teatro.
Veja também como foram as manifestações em outras cidades paraibanas:
Campina Grande
Cerca de 5.000 pessoas saíram às ruas de Campina Grande em defesa da educação e contra a Reforma da Previdência.
Sapé
Cajazeiras
Cuité
Patos
Esperança
Guarabira
Areia
Solânea
Sousa
Em Sousa, a estratégia foi ir para o calçadão no centro da cidade, onde professores, alunos e servidores da UFCG e do IFPB, orientaram as pessoas sobre previdência social. Teve também doação de mudas de plantas e bolos produzidos no IFPB.
Edição: Heloisa de Sousa