Desde quarta (29), acontece no Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes (CCHLA) da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Campus de João Pessoa, o II Congresso de Pesquisadores/as Negros/as do Nordeste (COPENE). O evento tem como tema “Epistemologias Negras e Lutas Antirracionais”.
O congresso, que se estende até esta sexta (31), recebe cerca de 500 pessoas que apresentaram comunicação nas Sessões Temáticas e relatos de experiências afro-pedagógicas, bem como pôsteres e também ouvintes. A programação ainda contou com mesas de debate, lançamento de livros, oficinas e atividade político-cultural (Kizomba).
O evento é uma realização da Associação Brasileira de Pesquisadores/as Negros/as (ABPN), do Núcleo de Estudos e Pesquisas Afro-Brasileiros e Indígenas (NEABI-CCHLA) da UFPB e da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB-Guarabira) e do Grupo de Estudos Integrando Competências, Construindo Saberes, Formando Cientistas (GEINCOS/CE/UFPB).
A logomarca do II COPENE Nordeste refere-se à ancestralidade africana, a partir dos símbolos Adinkra, que remete à cultura dos povos Akam que habitam a África Ocidental, em específico os países de Gana e Costa do Marfim.
Segundo a organização, foi escolhida a Adinkra Fawhodie, cuja insígnia representa independência, liberdade e emancipação. Tal signo vincula-se ao contexto de lutas da população afro-brasileira, no passado e no presente. Este grupo social tem buscado construir novas perspectivas de produção e conhecimento científicos e a valorização de saberes ancestrais, assim como sua atuação passa pela defesa de uma sociedade que reconheça a diversidade cultural e possibilite a construção de relações sociais e equânimes.
Edição: Heloisa de Sousa