Paraíba

RESISTÊNCIA

Assembleias unificadas em defesa da educação ocorrem nas universidades públicas da PB

UFPB e UEPB reuniram suas comunidades acadêmicas nesta terça (27) para discutir o Future-se

Brasil de Fato | João Pessoa (PB) |

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Plenárias aconteceram em JP e CG ao mesmo tempo e reuniu funcionários, professores e estudantes.
Plenárias aconteceram em JP e CG ao mesmo tempo e reuniu funcionários, professores e estudantes. - Tainara Santos/Levante Popular da Juventude

Na última terça-feira (27), as comunidades acadêmicas da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), estiveram em assembleias unificadas, tanto em João Pessoa quanto em Campina Grande. Os três setores que a compõem - técnico-administrativos, professores e estudantes - estiveram reunidos para debater sobre o projeto proposto pelo Ministério da Educação, o Future-se.

Já é o segundo debate que o Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes (CCHLA) da UFPB promove sobre o projeto, tendo o primeiro ocorrido no último dia 20. Com muita unidade, o centro decidiu por unanimidade se declarar contra Future-se e rejeitar totalmente o programa. Outras assembleias unificadas também correram em outros centros, bem como nos campi II, III e IV - do mesmo modo, outras iniciativas estão sendo tomadas, como rodas de conversas e plenárias estudantis.

Ciro Caleb (UNE), no Centro de Ciências Humanas, Artes e Letras (UFPB). / Levante Popular da Juventude.

Sendo a primeira universidade estadual do país a se posicionar contra o Future-se, a UEPB promoveu neste dia uma assembleia unificada no Campus I, em Campina Grande. O momento contou também com a presença de mais quatro campi, estes sendo da cidade de Monteiro, Guarabira, Catolé do Rocha e Lagoa Seca.

Com uma ampla participação estudantil, o debate contou com a presença de Antônio Gonçalves, presidente do ANDES-SN, que trouxe a reflexão da importância de discutir o Projeto Future-se dentro também das universidades estaduais, visto que é um projeto inconstitucional, que ameaça a autonomia universitária visando a privatização, como afirma o documento lido e aprovado durante a assembleia.

As atividades de mobilização dentro das universidades continuarão acontecendo, rumo ao próximo ato nacional em defesa da educação pública e de qualidade, programado para acontecer no dia 7 de setembro.

Edição: Heloisa de Sousa