Trabalhadores dos Correios se reuniram na manhã desta quarta-feira (8) em frente à Sede dos Correios, no bairro do Cristo Redentor, para realizar um ato de protesto e denúncias contra os governos.
Segundo Tony Sérgio do Sintect/PB (Sindicato dos Trabalhadores em Correios e Telégrafos na Paraíba) o ato é para organizar a categoria: “Esse ato tem objetivo de chamar a atenção dos trabalhadores para a campanha salarial nossa, que ela foi judicializada em novembro do ano passado, onde o STF emitiu uma decisão de suspensão da cláusula 79, que trata da bianualidade do acordo coletivo nosso”, conta ele.
A categoria denuncia que, após julgamento de dissídio coletivo, o governo recorreu ao STF e, através de decisão monocrática do ministro Dias Toffoli, concedeu uma liminar suspendendo duas cláusulas da Sentença Normativa: a Cláusula 28 que aumentou o compartilhamento no convênio médico que era de 30% para 50%, onerando financeiramente mais de 100 mil trabalhadores, e suspendeu a Cláusula 79 que era de dois anos, ou seja de 2019 a 2021, passando para um ano, de 2019 a 2020 o tempo de duração do acordo coletivo.
“Entendemos que essa decisão do STF não tem base legal porque o dissídio que foi tomado por decisão do Tribunal Superior do Trabalho (TST) não houve ilegalidade constitucional nenhuma e o STF só julga a constitucionalidade de uma decisão ou não”, relata Tony Sérgio.
O ato destaca a luta pela defesa e a vida dos trabalhadores e a luta contra a privatização dos Correios e sucateamento e desmonte do estado. “Viemos discutir a importância desse momento da luta dos trabalhadores nessa situação da pandemia frente a esse governo Bolsonaro, ou seja, a luta pela derrubada do Bolsonaro e seu governo. Entendemos que ele é o agente do imperialismo, agente responsável pelo desmonte do estado brasileiro, a favor dos interesses norte-americanos. Então, nesse sentido, o ato público vem para fazer essas denúncias e organizar os trabalhadores nesse momento”.
Tony informa que o sindicato está conectado com a agenda nacional. No dia 10, 11, 12, onde haverá atividades nacionais e a categoria planeja assembleias para os próximos dias, sendo que, no dia 04 de agosto, haverá uma assembleia para deflagração de greve.
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Edição: Heloisa de Sousa