O preço do gás de cozinha aumentou mais uma vez, nesta segunda-feira (17), na Paraíba. Este é o quinto reajuste de preços do produto nas refinarias da Petrobras. O aumento médio de 5% foi anunciado na última quinta-feira (13). O reajuste é válido também para o produto consumido nas indústrias e comércio.
A gente lamenta e gera indignação uma vez que o gás de cozinha hoje é tido como essencial pra vida de milhares de famílias que vivem nesse momento de pandemia
Bárbara Zen, do Movimento Trabalhadores por Direitos (MTD), fala sobre o impacto do aumento do produto para as famílias na Paraíba: “O impacto do reajuste do gás recai muito forte no poder de consumo da população. A gente vem acompanhando as comunidades e sente um empobrecimento muito grande das famílias, a questão da fome retornando e esse reajuste do gás se coloca exatamente no centro desse debate alimentar”, pondera ela.
Marcos Antônio, presidente do Sindicato dos Revendedores de Gás GLP da Paraíba (Sinregás), afirmou que o aumento na Paraíba vai ser de, em média, R$ 3. “Nós vemos com muita tristeza, muita dificuldade porque fica pior, cada aumento que tem, a gente vende menos, ganha menos, mas infelizmente é a Petrobras, não depende da gente, não tem muita coisa pra fazer não, é só repassar.
Segundo Sr. Marcos, há rumores de mais aumento daqui para o final do mês, porque no começo do mês de setembro acontece o dissídio coletivo, que traz mais um aumento pelas distribuidoras. Anualmente, no começo de setembro, é realiza-se a data base do dissídio coletivo, quando ocorre o aumento dos funcionários, que é repassado em cima do preço do botijão, e resultará em mais um aumento do preço do gás de cozinha
Para Tião Santos, presidente da CUT/PB, Eé lamentável um reajuste durante uma pandemia: “Diante disso, a gente vê o descaso da política de Bolsonaro, que se alia de qualquer forma à política do capital financeiro onde não tem gerenciamento nenhum com a regulação dos preços sobre essa questão do gás, inclusive a gente lamenta e gera indignação uma vez que o gás de cozinha hoje é tido como essencial pra vida de milhares de famílias que vivem nesse momento de pandemia, passando por grandes dificuldades
Ele reitera que o governo não tem, é controle sobre essa questão do reajuste: “Eu não sei como é que vai ficar com esse auxílio, hoje, o trabalhador, a família mais carente, tem o auxílio emergencial de R$ 600, que a gente sabe que foi uma luta dos partidos de oposição, do campo progressista. Mas aí a mídia e Bolsonaro vai para a televisão posar de bom moço e não favorece essa política de bem estar da população brasileira, aquela menos favorecida”, afirma Tião Santos.
Edição: Maria Franco