Na última sexta-feira (4), foi assinada a nova Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria bancária em todo o país. A assinatura foi possível após aprovação em assembleias de bancári@s em sindicatos de todo o país do acordo entre o Comando Nacional d@s Bancári@s e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). Na mesma data, também foram assinados os Acordos Coletivos de Trabalho (ACTs) com o Banco do Brasil e com a Caixa Econômica Federal.
O acordo assinado com a Fenaban foi fechado no domingo, 30 de agosto, na 15ª rodada de negociação e garante para este ano reajuste de 1,5% mais abono de R$ 2.000 e a reposição do INPC para demais verbas como vale-alimentação e vale-refeição, assim como para os valores fixos e tetos da PLR.
Para 2021, o acordo garante a reposição do INPC acumulado no período (1º de setembro de 2020 a 31 de agosto de 2021) e aumento real de 0,5% para salários e demais verbas como vale-alimentação e vale-refeição, assim como para os valores fixos e tetos da PLR. A proposta prevê ainda a manutenção de todas as cláusulas da Convenção Coletiva de Trabalho e dos acordos específicos de bancos públicos por dois anos.
Este ano, por conta da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), a campanha transcorreu totalmente de forma virtual, através de videoconferências e assembleias remotas. A mobilização se deu através das redes sociais, com cerca de 70% de bancárias e bancários em teletrabalho.
O presidente do Sindicato dos Bancários da Paraíba, Lindonjhonson Almeida, avaliou a campanha como muito positiva, ante as adversidades da conjuntura.
"Tivemos uma campanha muito complicada. Primeiro, por estarmos em meio a uma grave crise econômica, política e sanitária, que não permitiu que tivéssemos contato físico com a base e mais da metade da categoria estava em teletrabalho. Segundo, porque não contávamos mais com a ultratividade, a cláusula que garantia todos os nossos direitos até o fechamento de um novo acordo. Terceiro, porque estávamos à mercê da ganância peculiar aos banqueiros, sempre ávidos por lucros. Quarto, porque também estávamos sob os ataques do governo privatista e ultraliberal empenhado em retirar ainda mais direitos para agradar ao patronato”
Ele acrescenta que, mesmo assim, fizeram uma grande mobilização pelas redes sociais, que recebeu a adesão de bancárias e bancários que respaldaram o Comando Nacional a barganhar com a representação dos bancos.
“Isso culminou com o acordo de dois anos e a garantia de todos os nossos direitos e a disposição de negociar a normatização do teletrabalho. Entendemos perfeitamente o anseio de uma pequena parte da categoria que queria radicalizar para forçar uma melhoria na proposta. Mas, sem a ultratividade, correríamos um grande risco de comprometer a nossa convenção coletiva. Então, agimos com responsabilidade, garantimos o que pudemos e continuamos na luta com vocês”, concluiu Lindonjhonson Almeida.
Fonte: Seeb (Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancarios no Estado da Paraiba) - PB
Edição: Cida Alves