O SINTEP/PB ingressou com ação no Ministério Público do Trabalho (MPT) nesta quarta (30), contra assédio moral e eleitoral aos profissionais da educação. A denúncia se concretizou após crime eleitoral cometido pelo Secretário Gabriel Gomes, quando em reunião virtual com gestores da educação, ele pressionou e tratou sobre campanha a determinado candidato, infringindo o código eleitoral.
Anselmo Castilho, assessor jurídico do SINTEP, afirmou que o Sindicato fez uma representação no MPT para estarem cientes sobre o ocorrido no qual o Secretário Gabriel Gomes comete uma ilegalidade, fazendo uma coação aos trabalhadores da educação.
“O Secretário usou a questão hierárquica, recorrendo ao seu cargo para forçar uma situação ilegal. O SINTEP está denunciando a situação e o MPT deve instaurar e apurar para saber quais providências serão tomadas em relação a isso”, disse Anselmo.
Entenda o caso
Durante reunião virtual de gestores da educação, o Secretário Executivo de Educação, Gabriel Gomes, pressionou e coagiu os profissionais a efetuarem campanha para Cícero Lucena, em nome do Governador João Azevedo, infringindo o código eleitoral, na última sexta-feira (25).
Em reunião virtual com a finalidade de realizar planejamento, o Secretário Gabriel Gomes tratou, na verdade, da campanha eleitoral à prefeitura no município de João Pessoa. A tentativa é de direcionar os diretores para votarem em determinado candidato, como se houvesse compromisso dos profissionais da educação por conta da gestão estadual.
Em trecho do vídeo, o Secretário Gabriel fala em tom de ameaça aos gestores: “Nós estamos observando tudo que está acontecendo, claro, de olhos muito aberto, contamos também com vocês que são as pessoas de confiança nossa nas escolas. Então, estejam de olhos muito abertos. Nós não iremos admitir nenhum tipo de tapuru dentro da goiaba. Se nós detectarmos qualquer coisa desse tipo, nós iremos, sim, tirar de dentro e jogar fora”, afirmou.
Antônio Arruda, coordenador-geral do SINTEP, comenta que é lamentável o que está ocorrendo na Secretaria de Educação: “Isso nos mostra qual a escola sem partido que eles defendem e que Bolsonaro tanto defende. João Azevedo está no campo bolsonarista, Isso também nos dá a demonstração do que acontece se ocorrer a reforma administrativa proposta pelo governo Bolsonaro”, disse Antônio.
Edição: Maria Franco