A nossa luta em defesa dos Correios e contra a privatização continua. Em meio aos ataques deferidos pelo governo Bolsonaro e do ministro da Economia, Paulo Guedes, permanecemos unidos e vigilantes todos os dias. Permanecer na batalha é demonstrar a força do trabalhador brasileiro. Lutamos quando paralisamos as atividades, estamos presentes em cada ato seja virtual ou presencial, e também por meio da arte como fez o atendente comercial dos Correios e poeta Tiago Monteiro. Ele escreveu um poema declarando a importância da nossa empresa para o país e contra a privatização.
Correios – Nosso maior patrimônio
(Poeta Tiago Monteiro)
Quero em forma de poesia
Falar ao país inteiro
Da importância dos Correios
Para o povo brasileiro
Pra que assim não permitamos
Sua venda ao estrangeiro.
No Brasil, foi pioneiro
Engrandecendo à nação
Quase cem mil funcionários
Servindo à população
Com agências instaladas
Do litoral ao sertão.
Duvido que um cidadão
Nunca tenha precisado
Dos serviços dos Correios
E nunca tenha postado
Uma carta ou recebido
Algo que fora enviado.
Seja de estado a estado
Interior, capital
Até mesmo no estrangeiro
O trabalho é pontual
Fazendo de nossa empresa
Referência mundial.
Nos Correios, cada qual
Dos setores se completa
Sempre pensando no todo
Pois é essa a nossa meta
Oferecer um serviço
Sempre de forma seleta.
Temos sempre como meta
Oferecer qualidade
Mesmo em uma ou outra fase
De alguma dificuldade
Seguimos sempre de pé
Com muita dignidade.
Seja pequena a cidade
Ou mesmo na capital
Os Correios mostram força
Com seu serviço estatal
Dando ao nosso cidadão
Tratamento especial.
Chega até ser imoral
Pensar em privatizar
Uma empresa desse porte
Que só tende a melhorar
E seguir sempre nos dando
Motivos pra se orgulhar.
Se pararmos pra pensar
Usando a nossa razão
Sem usar politicagem
Sem agir com emoção
Veremos que é grande erro
A tal privatização.
Como pode uma nação
Esquecer que é soberana
E querer se desfazer
Pelo preço de banana
De uma empresa que é destaque
Nos jornais toda semana?
E tem gente que se engana
Achando ser o melhor
Privatizar os Correios
Esse nosso bem maior
Mas pode ter a certeza
Que seria bem pior.
Basta olhar ao seu redor
Que você vai encontrar
Um carteiro caminhando
Para tentar entregar
Sua carta ou encomenda
Sem você se preocupar.
Em tudo quanto é lugar
Você encontra uma agência
Com atendentes treinados
Carteiros de experiência
Buscando sempre ofertar
Um serviço de excelência.
Estamos na iminência
De uma privatização
Que trará diversas perdas
Ao povo dessa nação
Pensar diferente disso
É agir sem precaução.
Não podemos abrir mão
De um Correios estatal
Que é do povo para o povo
E por seu potencial
É capaz de se tornar
Inda mais especial.
Pois até o Tribunal
De Contas da União
Já provou que os Correios
Têm forte sustentação
E não usa mais dinheiro
Dos cofres desta nação.
Já causa satisfação
Nossos números atuais
A qualidade na entrega
Tem melhorado demais
E os Correios são destaque
Dentre todas estatais.
Nós podemos fazer mais
Temos que reconhecer
Mas no caminho que estamos
Iremos sempre crescer
E esse nosso crescimento
É muito fácil de ver.
É preciso esclarecer
Que apesar de melhorada
Nossa empresa ainda enfrenta
Uma fase complicada
Que é fruto dela ter feito
Uma ou outra escolha errada.
Reduziram a quase nada
Nosso fundo de pensão
E os gestores desonestos
Nunca foram pra prisão
E os Correios é que pagam
O preço da má gestão.
Também em contratação
Os Correios têm falhado
Pois alguém se aposentado
Devia ser contratado
Um servidor pra ocupar
Aquele espaço deixado.
Mas mesmo sucateado
Nossos Correios tem sido
Uma empresa referência
Tendo assim correspondido
Graças aos seus funcionários
E ao esforço despendido.
Por isso, faço um pedido
A quem nos lê ou escuta:
Vamos dar as nossas mãos
Seguir juntos nessa luta
Pra que essa nossa mensagem
Tenha força e repercuta.
E que ela também incuta
Aos que pensam diferente
Para que fortaleçamos
Os elos dessa corrente
E essa empresa tão forte
Não deixe de ser da gente.
Tiago Monteiro é cordelista e membro da Academia de Cordel do Vale do Paraíba. Autor de um livro e quinze cordéis.
Edição: Heloisa de Sousa