Paraíba

Coluna

Ditadura: projeto de um governo vil 

Imagem de perfil do Colunistaesd
Reprodução Internet - Imagem
Jamais imaginei que uma fala pudesse ser tão ácida, tão agressiva, tão chula

O caso da prisão em flagrante do deputado federal pelo Estado do Rio de Janeiro, Daniel Silveira (PSL), bem revela parte do projeto vil de um genocida, que ocupa, temporariamente, a cadeira de presidente da República. Somado à destruição sistemática da Amazônia; a expansão assustadora da liberação da venda de armas, inclusive de grosso calibre; do total descaso com as quase 250 mil mortes pela Covid-19; e a uma política econômica neoliberal responsável por mais de 14 milhões de desembargados e miseráveis, é meta do atual governo instituir um golpe militar, com a quebra do sistema e a destituição dos ministros do Supremo Tribuna Federal (STF).

Pelo que fez, Bolsonaro, deveria ter saído do Congresso Nacional direto para a prisão. Isso não aconteceu

A prisão de Daniel Silveira foi decretada nessa terça-feira (16) pelo ministro do STF, Alexandre de Moraes, e referendada por unanimidade na quarta-feira quarta (17) pelo plenário do Supremo. O bolsonarista  foi preso após ter divulgado um vídeo, no qual fez apologia ao Ato Institucional 5 (AI-5), instrumento de repressão mais duro da ditadura militar, e defendeu a queda dos ministros do STF, além de ameaçar seis dos 11 integrantes da Suprema Corte brasileira. As reivindicações são inconstitucionais e o parlamentar deve perder seu mandato, como ainda responder mais um processo. Seis partidos já pediram sua cassação e a Procuradoria Geral da República denunciou Silveira.

“Jamais imaginei que uma fala pudesse ser tão ácida, tão agressiva, tão chula no tocante às instituições”, disse o decano do STF, ministro Marcos Aurélio Mello, quando do seu voto pela permanência da prisão de Daniel Silveira.

O próprio Jair Bolsonaro (sem partido), quando deputado federal, votou a favor do Impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). Naquela oportunidade, ele homenageou um dos maiores torturadores da ditadura militar e ex-chefe do DOI-CODI do II Exército, coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra. Pelo que fez, Bolsonaro, deveria ter saído do Congresso Nacional direto para a prisão. Isso não aconteceu e a porta para uma sequência de ataques às instituições foi aberta. Aberta não, escancarada. Hoje, todos os envolvidos no Golpe de 2016, contra Dilma, estão enxergando o monstro que criaram. Contudo, são os cidadãos comuns que pagam a conta desse desastre político, principalmente, os mais pobres e excluídos

Mas, tudo tem um propósito. Com uma rejeição perto dos 50% e a economia de Paulo Guedes que são funciona, só atrapalha, a possibilidade de Bolsonaro perder a eleição de 2022 é real. Consciente disso, ele está fazendo a única coisa que sabe: tocar terror. Tenta criar um exército paralelo, com acesso sem precedente à arma de fogo, prega o voto impresso, incita a violência e o descrédito das instituições legalmente constituídas. Alguns analistas, comentarias e jornalistas que cobrem os bastidores de Brasília têm alertado sobe a ameaça de uma intervenção militar que o Brasil atravessa nesse momento. Ditadura Nunca Mais!

Edição: Cida Alves