Um sábado repleto de solidariedade entre as mulheres, foi assim este dia 13 de março em João Pessoa. Para marcar a Jornada de lutas do 8 de março desse ano, o movimento de mulheres e feminista resolveu fazer uma campanha de arrecadação de alimentos e contribuições financeiras para realizar doações a mulheres em situação de vulnerabilidade.
A Comissão Pastoral da Terra (CPT) doou 5 toneladas de alimentos, com grande valor nutricional, para essa campanha, como: mel de abelha, leite, batata doce, polpa de frutas, laranja, limão, banana, jaca, abacate, mamão, macaxeira, inhame, coco verde e seco, tomate, alface, couve, cebolinha, coentro, goma de mandioca, bolos, pão, jerimum. entre outros. Além disso, algumas contribuições financeiras foram feitas na conta do movimento de mulheres, o que proporcionou um sábado com distribuição de alimento, cestas básicas e alimentos prontos em algumas comunidades de João Pessoa. A iniciativa tinha o objetivo de contribuir para aliviar os efeitos negativos da pandemia, principalmente relacionados ao desemprego e à ausência de auxílio emergencial, quadro que neste momento resulta em fome e pobreza.
Movimento Mulheres em Luta - MML
Foram distribuídas cerca de 70 cestas em quatro comunidades, entre elas as comunidades Santa Bárbara (Mangabeira) e Bela Vista (Cristo) e também 4 cestas para as artistas ( cantoras) que estão em dificuldade.
Articulação de Mulheres Brasileiras
A distribuição foi feita a partir de 5 núcleos, a maioria ligados ao Sindicato das Trabalhadoras Domésticas. Cada núcleo recebeu, em média, 8 cestas básicas e um montante significativo dos alimentos doados pela CPT. Foram eles: São José, Mandacaru, Cruz das Armas, Bairro dos Ipês e Via Oeste.
Setorial de Mulheres do Partido Socialista Brasileiro
Vinte famílias da comunidade do Timbó, no bairro dos Bancários, foram atendidas por meio dos produtos da agricultura familiar doados pela CPT.
As mulheres do bairro Padre Zé, cerca de 30, também receberam as doações de alimentos agroecológicos, sendo a maioria chefes de família.
Leidjane, líder comunitária no bairro de Padre Zé / Reprodução
Marcha Mundial das Mulheres e campo popular
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A Marcha Mundial das Mulheres (MMM), junto ao Movimento das Trabalhadoras e Trabalhadores por Direitos (MTD), a Comissão Pastoral da Terra (CPT), ao Movimento das Trabalhadoras e Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), ao Movimentos das Pequenas e Pequenos Agricultores (MPA), a Pastoral da Juventude Rural (PJR) e ao Movimento dos Atingidos Por Barragens (MAB) realizou a reativação do projeto Alimentando com Afeto, que distribui alimentos prontos para a comunidade onde cozinhas comunitárias são instaladas. Desta vez, os alimentos foram para as comunidades Thiago Nery e Sonho Verde .
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Neste sábado (13), foi a vez da comunidade Thiago Nery, localizada no bairro de Mangabeira 8, reativar a cozinha comunitária. A ação aproveitou a doação de alimentos agroecológicos, vindos da CPT, e com as doações financeiras, advindas da campanha de solidariedade da Jornada de Lutas do 8M, comprou feijão e arroz e fez uma grande feijoada que foi distribuída para mais de 200 pessoas das comunidades Thiago Nery e Costa Verde.
Para marcar o dia, foi organizado um abaixo-assinado, para a instalação da rede elétrica, de água e coleta de lixo das ocupações Thiago Nery e Sonho Verde. Também houve distribuição de 200 máscaras do Projeto Vagalumes e foram afixadas faixas por todo o bairro, com dizeres das lutas neste 8 de Março.
As mulheres foram recebendo as refeições pausadamente, por conta da pandemia foram criados grupos de 5 mulheres que iam recebendo os alimentos.
Os movimentos contaram com a organizadora da comunidade, Tia Boneca, que cedeu a sua casa para a feitura das refeições. Tia Boneca, como é conhecida a liderança do local, também encomendou bolo FORA BOLSONARO e distribuiu salgadinhos "para marcar a força das mulheres", disse ela.
Edição: Heloisa de Sousa