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Marcelo Queiroga diz que Ministério da Saúde seguirá política do governo federal

Lockdown só deve ser aplicado em “situações extremas” e “não pode ser política de governo”, disse o novo ministro

Brasil de Fato | João Pessoa (PB) |
Marcelo Queiroga, novo Ministro da Saúde - Geraldo Magela/Agência Senado

 "A política é do governo Bolsonaro. A política não é do ministro da Saúde. O Ministro da Saúde executa a política do governo", disse o novo Ministro da Saúde do governo Bolsonaro, Marcelo Queiroga, em sua primeira entrevista à frente da pasta, para a CNN, nesta terça (16).

Indagado sobre a defesa de "tratamento precoce" para covid-19 por Bolsonaro, Queiroga defendeu que “é algo que precisa ser analisado para que a gente consiga chegar a um ponto comum que permita contextualizar essa questão no âmbito da evidência científica e da ciência”.

Na entrevista, o novo ministro também falou que lockdown só deve ser aplicado em “situações extremas” e “não pode ser política de governo”.

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Segundo o novo ministro, é preciso “assegurar que atividade econômica continue, porque a gente precisa gerar emprego e renda. Quanto mais eficiente forem as políticas sanitárias, mais rápido vai haver uma retomada da economia.”

Histórico

Médico paraibano, Marcelo Queiroga é presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia e em dezembro do ano passado, foi indicado por Bolsonaro para ser um dos diretores da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Queiroga, até assumir o Ministério da Saúde, era diretor do Departamento de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista (Cardiocenter) do Hospital Alberto Urquiza Wanderley - mais conhecido como Hospital da Unimed - em João Pessoa, e cardiologista do Hospital Metropolitano Dom José Maria Pires, em Santa Rita (PB).

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Marcelo Queiroga é natural de João Pessoa. Formado em Medicina pela Universidade Federal da Paraíba, com especialização em cardiologia, com área de atuação em hemodinâmica e cardiologia intervencionista.

Amigo antigo da família Bolsonaro, Marcelo Queiroga foi a indicação do filho de Bolsonaro, Flávio, e é o quarto Ministro a assumir o Ministério da Saúde. Neste momento, há mais de 278 mil mortos por Covid-19 no Brasil.

 

Edição: Heloisa de Sousa