O número de mortes confirmadas por Covid-19 subiu para 5.671 na Paraíba desde o início da pandemia. São 1.150 novos casos e mais 70 mortes na última atualização do boletim Secretaria de Estado da Saúde (SES) desta terça (30).
A ocupação de leitos de UTI em todo o estado é de 84%. Na região metropolitana de João Pessoa, 93% dos leitos de UTI para adultos estão ocupados. Em Campina Grande, o mesmo setor tem taxa de 80%. No Sertão, 85% dos leitos de UTI estão ocupados.
Por causa desse quadro, a Medida Provisória 295/2021 estabeleceu que, no período de 29 de março até 2 de abril, só podem funcionar serviços essenciais como os de saúde, segurança pública, administração penitenciária, alimentação, serviço funerário e outras definidas por decreto estadual; é o chamado feriadão de páscoa para conter a pandemia.
Quem deveria dar o exemplo infringe a lei
Academia de jiu-jitsu é interditada por funcionar em feriados antecipados, na Paraíba / MPT-PB/Divulgação
Nesta segunda (29), a academia de jiu-jitsu “CheckMat”, localizada no bairro de Manaíra, em João Pessoa, de propriedade do vereador da capital paraibana, Tarcísio Jardim (PATRIOTA), foi interditada por funcionar no período do feriadão decretado pela MP 295/2021. Há indícios de crime de infração de medida sanitária preventiva.
MPT –“a situação é de extrema gravidade e irresponsabilidade, caso configurada a veracidade dos fatos em inquérito civil. A Saúde Pública sinaliza superlotação das UTIs, enquanto empresas desrespeitam as ordens das autoridades constituídas para por em risco a vida da sociedade”, disse o procurador Eduardo Varandas.
Em nota, o vereador de João Pessoa, Tarcísio Jardim (PATRIOTA) diz que a academia está sob a administração de outros dois empresários. "A academia está fechada desde o dia que o decreto Municipal e Estadual entrou em vigor, não está acontecendo treinos coletivos, e não descumprimos nenhuma norma de segurança. No caso em questão estava acontecendo um treino particular, sem aglomeração, mesmo assim reconhecemos o nosso erro e estamos aqui para pedir as desculpas, e frisar que o fato não voltará a se repetir enquanto as medidas de restrição não forem flexibilizadas", diz a nota.
Edição: Heloisa de Sousa