Paraíba

DITADURA NUNCA MAIS

Casa de José Américo realiza live sobre ‘Democracia, Memória e Ação' neste dia 01/04

1º de abril é a data em que o Brasil relembra o Golpe de Estado e a Ditadura Militar que durou 21 longos anos no país

Brasil de Fato | João Pessoa - PB |
Reprodução - Card

A Fundação Casa de José Américo (FCJA) realiza, nesta quinta-feira (1), às 9h, uma live com o tema "Democracia, Memória e Ação - Ao que resiste hoje?”, pelo canal oficial da FCJA no YouTube. O encontro virtual terá a participação do artista plástico Flávio Tavares, do cineasta Sílvio Tendler e da professora e pesquisadora Iranice Muniz.

A mediação ficará por conta da professora Lúcia Guerra, gerente executiva do Arquivo da FCJA, além das integrantes da equipe de instalação do Memorial da Democracia, Suelen de Andrade Silva (historiadora) e Fernanda Andrade Rocha (socióloga).

O evento visa promover um debate em torno do direito à Memória, Verdade e Justiça, conectado com o projeto "Democracia, Memória e Ação", que surge com o objetivo de articular o passado de resistência à Ditadura na Paraíba até os dias atuais, além de discutir a missão do Memorial da Democracia, em processo de inauguração, com sua instalação na Fundação Casa de José Américo. A live integra a programação de aniversário de 40 anos da FCJA.

A live terá três momentos: a apresentação do painel artístico, com a participação do artista plástico Flávio Tavares, onde ele vai apresentar o Projeto Democracia, Memória e Ação que convidou artistas da Paraíba e interessados em geral a compartilhar sua música, poesia, pintura, dança, vídeo, interpretação, fotografia e outras expressões para compor um grande painel artístico colaborativo sobre Memórias da resistência à Ditadura na Paraíba, Democracia e Resistência.

Em seguida haverá a apresentação do projeto da exposição de longa duração do Memorial da Democracia, por Suelen de Andrade Silva e Fernanda Andrade Rocha. Por fim, uma conversa com o cineasta Sílvio Tendler e a professora e pesquisadora Iranice Muniz, sob a mediação da professora Lúcia Guerra. 

Participantes engajados

Flávio Tavares - Renomado e versátil artista plástico paraibano, destaca-se pela arte de pintar quadros e murais temáticos, enfatizando aspectos culturais, políticos e sociais brasileiros. Participou de importantes mostras pelo Brasil e em diversos outros países. Foi perseguido pela ditadura militar, e também resistiu por meio da arte.


Flávio Tavares, artista plástico / Foto: Reprodução

Iranice Muniz - Graduada em Direito pela Universidade Cândido Mendes (RJ) com pós-doutorado na área, atualmente é professora adjunta da UFPB, tem doutorado em Direito Público, pela Universidade de Barcelona. Coordenou o Grupo de Trabalho Repressão do Estado, na Comissão Estadual da Verdade de Preservação da Memória da Paraíba.


Iranice Muniz integrou as pesquisas para a Comissão da Verdade da Paraíba / Foto: João Francisco / Secom-PB

Sílvio Tendler - Iniciou sua trajetória no cinema, através do Movimento Cineclubista, um espaço para debates nos anos 1960. Presidiu a Federação de Cineclubes do Rio de Janeiro, residiu no Chile, e, a seguir, na Europa, onde formou-se em História, fez mestrado e retornou ao Brasil, onde realizou o primeiro longa-metragem.


Sílvio Tendler, cineasta / Foto: Reprodução

Sílvio produziu inúmeros filmes sobre a história do Brasil.  ‘Os anos JK’ (1980), Utopia e Barbárie (2009), ‘Militares da democracia: os militares que disseram não’ (2014)

Silvio Tender é um cineasta comprometido com as questões da arte como resistência e muito vinculado à história do Brasil. 

Lúcia Guerra - Historiadora e professora, possui mestrado, especialização em Cultura Afro-brasileira e doutorado em História Social. Já integrou a Comissão Estadual da Verdade e Preservação da Memória do Estado da Paraíba. Atualmente é gerente executiva de Documentação e Arquivo da FCJA.

Fernanda Andrade Rocha - Doutoranda e mestra em Sociologia, tem graduação em Ciências Sociais e Comunicação Social - Publicidade e Propaganda.

Suelen de Andrade Silva - Graduada em História, é mestra em Preservação do Patrimônio Cultural e especialista em Educação em Direitos Humanos.

Memorial da Democracia

O Memorial da Democracia da Paraíba está em processo de inauguração com previsão ainda para este ano. Foi criado pelo mesmo marco legal que instituiu a Comissão Estadual da Verdade e da Preservação da Memória do Estado da Paraíba - Decreto no 34.426, de 31 de outubro de 2012, conforme registrado no art. 13 que diz que “O acervo documental e de multimídia resultante dos trabalhos da Comissão, ora criada será denominado de Memorial da Democracia da Paraíba e ficará sob a guarda e responsabilidade da Fundação Casa de José Américo”. 

A proposta de atuação desse Memorial tem como respaldo a educação para a cidadania e os direitos humanos, envolvendo as atuais e novas gerações, na perspectiva, apresentar elementos que contribuam para a construção do pensamento crítico frente à história nacional e local, bem como para o pleno exercício da cidadania, preservando e ressignificando as memórias do período ditatorial na Paraíba. 

O Memorial é uma instituição museológica com o objetivo de estudar, valorizar, preservar e divulgar a história e a memória referentes ao período da Ditadura Militar no estado da Paraíba.

Projeto Democracia, Memória e Ação

O projeto Democracia, Memória e Ação, em sua primeira edição, convidou artistas da Paraíba e interessados em geral a compartilharem sua música, poesia, pintura, dança, vídeo, interpretação, fotografia e outras expressões para compor um grande painel artístico colaborativo, que tenham como inspiração os seguintes temas: Memórias da resistência à Ditadura na Paraíba ; (2) O que é a Democracia para você?; (3) Ao que você resiste hoje?

O material reunido será apresentado neste dia 01, na live do FCJA.

 

Edição: Heloisa de Sousa