Em João Pessoa (PB), uma carreata marcou o 1° de maio desse ano. Os carros saíram do Campo da Marquise, no Valentina, e terminou chegando no ponto final do 302, em Mangabeira.
A Atividade desse ano foi unitária e reuniu as Centrais Sindicais, a Frente Brasil Popular, Povo Sem Medo, Partidos Políticos, Movimento Fora Bolsonaro Paraíba e os Movimentos Sociais. Esses últimos, organizaram duas ações de solidariedade com distribuição de alimentos para mais de 300 famílias, em duas comunidades de Mangabeira 8, Aratu e Thiago Nery.
“Esse 1° de maio tem um grande diferencial, que é exatamente o ataque a classe trabalhadora de forma como nunca vimos nesse país, que é o desmonte do estado democrático de direito. Então mais do que nunca o movimento sindical deve estar unificado juntamente com os movimentos sociais e os partidos de esquerda para fazer o enfrentamento e a resistência desse desgoverno de Bolsonaro”, explicou Tião Santos, presidente da Central Única das Trabalhadoras e Trabalhadores (CUT) da Paraíba.
Solidariedade
Cerca de 400 refeições prontas foram distribuídas em Mangabeira 8, João Pessoa. O cardápio, em Thiago Nery, contou com vaca atolada e, em Aratu, com macaxeira, arroz e galinha de capoeira. Nas duas comunidades também teve entrega de kits de higiene, além de frutas: melancia e mamão.
"A diferença desse 1° de maio é o desmonte do estado de direito e a fome que está tomando conta da população menos favorecida. Nos outros 1° de maios, nossas bandeiras de luta eram ampliar e garantir os direitos, nesse de agora queremos salvar o nosso país. Queremos tirar o nosso povo da linha da miséria e despertar no Congresso uma reação contra esse desmonte frente a essa pandemia. O maior agravante nesse 1° de maio para que unifique a classe trabalhadora e a população é o número de mortes por Covid-19 que já passa de 400 mil por consequências das medidas descabidas e maldosas de Bolsonaro. Defender nosso país para que possamos salvar vidas", completou Tião da CUT.
Nesse sentido, Gleyson Melo, do Movimento das Trabalhadoras e Trabalhadores por Direitos (MTD) que explicou a união entre os movimentos para as ações de solidariedade, "aqui temos a maioria de mulheres, então a Marcha Mundial das Mulheres está aqui, também a Juventude disposta a contribuir, então o Levante Popular da Juventude também se faz presente e assim juntos vamos resistindo ao desgoverno de Bolsonaro", disse ele.
Para Dona Penha, moradora da comunidade Aratu, as ações de solidariedade, nesse momento, são muito importantes. "Tá muito difícil para trabalho, emprego e alimentação, tudo está caro. Essas ações são muito importantes para a comunidade", disse a mordora.
Bárbara Zen, também do MTD, lembrou o lema do movimento durante a ação: "Direito de trabalhar! Trabalhar com direitos".
As refeições feitas para distribuição fazem parte de um projeto chamado Cozinha Popular, implementado pelo MTD e apoiado por diversos parceiros como a Comissão Pastoral da Terra (CPT) e o Movimento das Trabalhadoras e Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
Mais solidariedade
Além dessas refeições prontas, o Movimento de Mulheres e Feminista da Paraíba também fez entregas de cestas básicas para artistas que estão precisando de apoio nesse momento de pandemia, ajudando a fortalecer a segurança alimentar delas.
Edição: Heloisa de Sousa