Na manhã desta quarta (12), funcionários da LIQ em João Pessoa - empresa de telemarketing, localizada em Mangabeira- cruzaram os braços por causa do atraso no pagamento de salários da empresa. A LIQ é responsável pela operação das empresas Latam, Rappi, Abril, Santander e Oi. Com exceção das operadoras e dos operadores da Latam, os demais funcionários estão com os salários atrasados desde o último dia 7 de maio, que é o quinto dia útil do mês, data em que deveriam receber os salários referentes à abril.
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Essa é uma situação recorrente para os funcionários dessa empresa de telemarketing. Casos como atraso de salários e falta de pagamento de férias e rescisão de contrato de trabalho são comuns para essa categoria.
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Os relatos do trabalhadores da LIQ sempre envolvem medo do desemprego e pressão dos dirigentes para que se batam as metas, no entanto, direitos trabalhistas mínimos não são cumpridos.
"A empresa está pagando as passagens em valores diários. Ou seja, a empresa coloca na nossa conta um valor de referente a quantidade de 4 passagens, são dois dias de ida e volta. Porém, a maioria das pessoas possuem uma conta gerada pela própria empresa, que se chama a superdigital, que é do Santander. Temos direitos a 3 saques, junto com transferência, sem custos. E depois dessas 3 utilizações, é cobrado um valor de R$ 5 e pouco por cada transferência e saque. Muitas pessoas deixam de vir trabalhar por falta dessa passagem, pois não compensa fazer o saque para colocar o crédito no cartão de passagem. Ou acabam tirando do próprio bolso. Coordenadores falam sempre que estão alinhando para resolver isso mas nunca resolvem, isso desde o início da pandemia", relata um dos funcionários que pediu para não ser identificado.
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Em março desse ano, os funcionários da LIQ também tiveram que paralisar suas atividades em busca de salários, recursos para passagens e até por direitos garantidos como férias e rescisão. Nesta quarta (12), as atendentes e os atendentes denunciam, além do atraso, o corte nos salários que foram reduzidos de R$954 para R$ 819 reais.
"Além disso, ocorreram várias demissões de colaboradores que já foram demitidos há vários meses e ainda não receberam o valor da rescisão. Então, estamos vivendo um absurdo aqui dentro. Fora que, muitos operadores pararam de atender na segunda-feira e foram ameaçados pelo coordenador, de que iriam assinar advertências. Eles cobram resultados a todo custo, mas não cumprem com o mínimo, que é o nosso salário", desabafou uma outra funcionária.
Procuramos a LIQ para explicar essa situação recorrente, mas não obtivemos respostas até o momento. Os funcionários seguem mobilizados e reivindicando a resolução de seus problemas trabalhistas.
Edição: Heloisa de Sousa