A LIQ em João Pessoa é uma empresa de telemarketing, localizada em Mangabeira, responsável pela operação das empresas Latam, Rappi, Abril, Santander e Oi. Na manhã desta quinta (13), novamente os funcionários da LIQ tiveram que cruzar os braços por causa do atraso no pagamento de salários da empresa. Desde o último dia 7 de maio, que é o quinto dia útil do mês, data em que deveriam receber os salários referentes à abril, os atendentes estão sem receber dinheiro.
Essa é uma situação recorrente para os funcionários dessa empresa de telemarketing. Na manhã desta quarta (12), os atendente também cruzaram os braços.
Tião Santos, presidente da Central Única das Trabalhadoras e Trabalhadores esteve na mobilização.
::Funcionários da empresa de telemarketing LIQ paralisaram atividades nesta quarta (12)::
Casos como atraso de salários e falta de pagamento de férias e rescisão de contrato de trabalho são comuns para essa categoria.
Os relatos do trabalhadores da LIQ sempre envolvem medo do desemprego e pressão dos dirigentes para que se batam as metas, no entanto, direitos trabalhistas mínimos não são cumpridos.
"A empresa está pagando as passagens em valores diários. Ou seja, a empresa coloca na nossa conta um valor de referente a quantidade de 4 passagens, são dois dias de ida e volta. Porém, a maioria das pessoas possuem uma conta gerada pela própria empresa, que se chama a superdigital, que é do Santander. Temos direitos a 3 saques, junto com transferência, sem custos. E depois dessas 3 utilizações, é cobrado um valor de R$ 5 e pouco por cada transferência e saque. Muitas pessoas deixam de vir trabalhar por falta dessa passagem, pois não compensa fazer o saque para colocar o crédito no cartão de passagem. Ou acabam tirando do próprio bolso. Coordenadores falam sempre que estão alinhando para resolver isso mas nunca resolvem, isso desde o início da pandemia", relata um dos funcionários que pediu para não ser identificado.
Procuramos a LIQ para explicar essa situação recorrente, mas não obtivemos respostas até o momento. Os funcionários seguem mobilizados e reivindicando a resolução de seus problemas trabalhistas.
Edição: Heloisa de Sousa