Paraíba

EM NOVA PALMEIRA

Sinpuc faz acordo com vereadores para amenizar malefícios de reforma da previdência

Tentativa foi para evitar penalidades para servidores públicos; sugestão é que apenas medidas vinculantes sejam votadas

Brasil de Fato | João Pessoa (PB) |
Reunião entre Sinpuc, CUT e vereadores de Nova Palmeira (PB) aconteceu nesta última terça (18). - Reprodução

Representantes do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais do Curimataú e Seridó (Sinpuc) e as Comissões de Constituição, Justiça e Redação Final e de Políticas Gerais e Orçamento da Câmara de vereadores da cidade de Nova Palmeira, definiram termos de um acordo com o objetivo de reduzir os impactos para servidores do projeto que pretende reformar o Regime de Previdência Própria do município de Nova Palmeira-PB. 

A proposta foi aprovada durante reunião realizada na última terça (18). Com o acordo firmado, o projeto deve contar com algumas alterações. A primeira delas diz respeito à retirada de artigos que ataquem direitos dos servidores, permanecendo no texto apenas as medidas vinculantes, que são consideradas obrigatórias para evitar inadimplência do município com a União.  A alíquota da previdência complementar e dos benefícios que não serão pagos pelo Instituto de Previdência, mas pelo ente empregador, também foi negociada.

Segundo o Secretário de Finanças do Sinpuc, Janiel César, o papel do Sindicato, diante do cenário de ataques contra os trabalhadores e trabalhadoras é o de amenizar os efeitos dessas medidas deve ser prioridade.

A reforma da previdência dos municípios têm sido pauta em todo o país, justamente por se tratar de uma determinação do Ministério da Economia, sob o pretexto de equilibrar contas do Governo Federal (Emenda Constitucional 103/19).

“Fizemos um debate propositivo e respeitoso que definiu essas mudanças, respeitando a proteção para evitar inadimplência do município sem gerar tantos efeitos negativos aos servidores. “O sindicato desde o primeiro momento foi contra a reforma da previdência, mas entendemos que como foi votada a medida federal e imposta de certa forma aos Estados e municípios, a gente tem que tirar o máximo às penalidades para servidores públicos e por isso sugerimos que apenas essas medidas vinculantes sejam votadas pela câmera de vereadores”, avaliou Janiel.

Para a presidente do Sindicato, Cícera Isabel, os acordos fechados caracterizam vitórias importantes para servidores e servidoras.

“A casa [Câmara de Vereadores] entendeu que o Sinpuc precisava participar do debate da Reforma da Previdência e o apelo do sindicato, em defesa dos servidores e servidoras representadas, mostrando o que essas reformas têm causado na vida do trabalhador nesse momento, onde todos e todas sofrem os impactos negativos dessas medidas, com o aumento do desemprego, do custo da cesta básica; então foi feita todo apelação e houve uma compreensão e um avanço na discussão”, disse. “Com certeza se o que foi debatido e acordado nas comissões realmente for o modelo levado para votação na Câmara haverá uma vitória para os trabalhadores e trabalhadoras do serviço público de Nova Palmeira”, apontou Cícera.

O Presidente da Central Única dos Trabalhadores da Paraíba (CUT/PB), Tião Santos, destacou que tanto servidores e servidoras quanto o sindicato não aceitam medidas que retirem direitos desses e dessas profissionais como, acredita ele, seria o caso da proposta de reforma da previdência que seria votada em Nova Palmeira.

“Somos a favor apenas de medidas que defendem o trabalhador; Agora esperamos que esse acordo que fizemos possa ser aprovado no plenário e que possa garantir uma melhor condição para os servidores e servidoras”, afirmou. “O debate com os vereadores foi esclarecedor e nos deixou satisfeito com as formas como a reunião foi conduzida, mas principalmente com a sensibilidade dos vereadores, que estiveram abertos ao diálogo”, destacou o Presidente da CUT/PB.

O acordo que alterou a proposta de Reforma da Previdência em Nova Palmeira deve passar por apreciação das comissões responsáveis pelo projeto e vai ser destinado para votação na Câmara de Vereadores, já nos próximos dias.

Edição: Heloisa de Sousa