Os agricultores do Acampamento Antônio Pinto, no Engenho Retirada, no município de Caaporã-PB, flagraram mais um ato ilegal, desta vez, foi extração de areia.
O fato aconteceu no último dia 29 de junho. O operador da máquina estava com uma Patrol Carregadeira iniciando o transporte da areia quando se deparou com os trabalhadores que conversaram com o operário e determinaram a paralisação da atividade.
Os mandantes conhecidos como André e Maria de Fátima chegaram ao local na tentativa de promover uma negociação. Como não apresentaram documentos de autorização, os agricultores não aceitaram o acordo e determinaram que os infratores devolvessem a areia no local e concertasse a escavação que já tinham feito para a retirada da mesma, além disso, como forma de reparação aos danos ambientais e de destruição das lavouras tiveram que doar 10 cestas básicas no valor de R$ 70,00 cada, para serem doadas as famílias carentes do Acampamento.
Esse tipo de ação vem ocorrendo com frequência na região onde os criminosos aproveitam os finais de semanas e feriados, dias em que diminui a circulação de pessoas para cometer tais atitudes.
::Acampados apreendem máquinas que destruíam reserva florestal em Caaporã (PB)::
A posição dos agricultores está em sintonia com a preocupação mundial em relação à sobrevivência do planeta e neste sentido, a Comunidade vêm desenvolvendo atividades de preservação do meio Ambiente, no cuidado da fauna e da flora, realizam ações de reflorestamento, preservação das nascentes e dos rios. Decidiram que vão ficar atentos para combater e evitar qualquer ato que tenha objetivos de degradar a natureza.
Os agricultores continuam na luta pela posse da terra que já fazem 9 anos de resistência, produzindo alimentos e protegendo o meio ambiente, pois o cultivo da terra é realizada de forma responsável sem a utilização de agrotóxicos.
A Comissão Pastoral da Terra, que acompanha o acampamento, apoia as ações dos agricultores em defesa do Direito à Terra, como fonte de trabalho e de alimentos, respeitando o meio ambiente, seguindo as orientações do Papa Francisco que na encíclica Laudato Si, nos apresenta a Terra como “a Casa comum”.
Edição: Heloisa de Sousa