Realizado um dia antes do dia 25 de julho, Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, o ato Fora Bolsonaro vai acontecer, em João Pessoa, neste sábado (24), com concentração a partir das 9h da manhã, ao lado do Mercado Público de Mangabeira e vai contar com caminhada e carreata. Os carros vão se organizar ao longo da Avenida Josefa Taveira, em Mangabeira, e a concentração da caminhada será ao lado do mercado público do bairro.
E o clima em João Pessoa nessa quinta (22) já começou mandando o recado.
"Nossa indignação só cresce e agora é hora de mostrarmos que genocida não tem vez à frente da nação. Lira que se cuide que vai levar um tapetão.Queremos Impeachment Já! ", diz o texto de convocatória do ato 24 J.
Bloco em Memória dos que morreram em virtude à Covid-19, durante o último ato 3J. / Thercles
Em tempos de luta, de luto, e de resistência à violência, as mulheres negras saem à frente do ato 24J, em João Pessoa, constituindo um Quilombo de Resistência e denunciando o genocídio da população negra e a política racista e neofascista do Governo Bolsonaro e de suas políticas e reafirmam: “Para o Brasil Genocida Mulheres Negras da Paraíba Apontam a Solução”.
::Movimento de Mulheres Negras na Paraíba (MMNPB) realiza agenda afrofeminista neste mês de julho::
As mobilizações das ruas exercitam a construção de unidade da esquerda. Puxada pelas frentes Brasil Popular, Povo Sem Medo em conjunto com outras organizações e movimentos sociais populares, desde que a Campanha Fora Bolsonaro decidiu ocupar as ruas no dia 29 de maio de 2021, a conjuntura tem se alterado com inúmeras denúncias e críticas ao governo Bolsonaro.
BLOCO DA PANELA VAZIA
Um dos blocos a ser colocado nas ruas nesse dia 24 de julho é o PANELA VAZIA. "Vamos andar em fileiras mantendo o distanciamento. Vamos fazer um bloco com Intervenção com panelas vazias, então Levem suas panelas e cola no nosso bloco", diz o chamado da Frente Brasil Popular .
Com organização e mobilização responsável, salientando sempre todos cuidados de higiene e prevenção, o dia 29 de maio deu certo, inaugurando esta nova onda de ações nas ruas contra o bolsonarismo, no dia 19 de junho e 3 de julho e com perspectiva de crescer ainda mais em 24 de julho. A avaliação é que desde o dia 19 de junho, os atos tem sido crescentes e importantes para demonstrar a indignação do povo brasileiro.
Protestando contra as mais de 540 mil mortes por covid-19 e cobrando tanto vacina para salvar vidas quanto um auxílio emergencial de R$ 600 reais para afastar a fome, centenas de milhares estão indo às ruas de todo o Brasil. E derrubar Bolsonaro significa lutar contra ele, seu governo e todas as políticas que ele coloca em curso. Lutar contra o racismo, contra a violências às mulheres, dá visibilidade ao entreguismo do Governo Federal de vender os serviços essenciais ao povo brasileiro.
Por isso, o povo ocupa às ruas neste dia 24 de julho contras as privatizações e a reforma administrativa e pedindo o impeachment de Bolsonaro, reforçando as denúncias de prevaricação apresentadas pela CPI da Covid e cobrando do presidente da Câmara, Arthur Lira (PL - Alagoas), que aceite um dos mais de 100 pedidos de impeachment enviados à Câmara.
Edição: Heloisa de Sousa