A foto de capa dessa matéria é o resultado da busca de usuários e médicos por melhores condições nas Unidades de Saúde da Família (USF) da cidade de João Pessoa. Na manhã dessa quinta (22), os médicos residentes paralisaram suas atividades e protestaram em frente à Secretaria Municipal de Saúde, no bairro da Torre, com apoio da Associação Paraibana de Médicos de Família e Comunidade.
Vinculados a quatro instituições de João Pessoa, os residentes de medicina de família e comunidade (MFC) decidiram protocolar documento-denúncia no Ministério Público Federal (MPF), Ministério Público Estadual (MPE) e Conselho Regional de Medicina (CRM-PB) na segunda-feira (19).
As denúncias dos médicos e usuários da rede municipal de saúde pública dão conta da precariedade das USFs com salas sem ar-condicionado e em condições insalubres, com mofo e goteiras que acabam prejudicando a qualidade do atendimento, piorando o estado de saúde dos envolvidos. Analgésicos simples e anti-hipertensivos para atender urgências não estão disponíveis nas farmácias das unidades.
::Residentes de medicina de família e comunidade denunciam péssimas condições de trabalho::
Os residentes também denunciam a sobrecarga de trabalho, uma vez que várias equipes encontram-se sem médicos de referência, levando os preceptores a cobrirem outras unidades, o que prejudica o processo de ensino-aprendizagem, principalmente no contexto de pandemia em que a atenção básica acabou sendo porta de entrada de casos leves e moderados da COVID-19.
As questões de segurança assustam profissionais e usuários, pois algumas unidades sofrem arrombamentos em sequência. Procuramos a Secretaria de Saúde de João Pessoa, mas não obtivemos respostas em relação a essas denúncias. No entanto, as médicas e os médicos residentes tem reunião marcada com a Secretaria de Saúde de João Pessoa nesta quinta (22) para tratar do assunto.
Veja as fotos do protesto dessa manhã (22).
Edição: Heloisa de Sousa