O dia 7 de setembro foi marcado pela luta do Grito das Excluídas e dos Excluídos e também pelo início da 2ª Marcha Nacional das Mulheres Indígenas, organizada pela Articulação Nacional das Mulheres Indígenas Guerreiras da Ancestralidade (Anmiga), em Brasília.
A Delegação das mulheres potiguaras da Paraíba chegou nesta terça(07), no evento, dançando o toré para unir forças na luta durante a 2° Marcha das Mulheres Indígenas.
A Marcha das Mulheres Indígenas acontece na Fundação Nacional de Artes (Funarte) até sábado (11), com o tema “Mulheres Originárias: reflorestando mentes para a cura da terra”.
"Peço licença nesse momento ao pai Tupã e a nossa mãe Terra, que neste momento faça com que nós mulheres guerreiras, originárias da Paraíba, o povo potiguara diga para o mundo: não às leis que venham a prejudicar os povos originários dessa terra que somos nós, que valorizamos e temos a nossa entidade legítima. Precisamos que nos respeitem e valorize o nosso povo, a nossa nação. Precisamos todos unidos por essa luta e por melhoria por todos nós. Começando por nossos curumins, por igualdade a tudo que vem nos dá direitos, que venha ajudar os povos originários, porque o povo potiguara é guerreiro", disse Comadre, indígena potiguara paraibana, ao chegar na 2ª Marcha das Mulheres Indígenas.
São cerca de 4 mil mulheres, de 150 povos reunidos em Brasília para dizer não ao marco temporal de demarcação das terras indígenas. As indígenas devem ocupar a Praça dos Três Poderes nesta quinta-feira (9), durante julgamento do STF.
A Mulheres Indígenas Guerreiras da Ancestralidade (Anmiga) lançou uma campanha de arrecadação de cobertores, roupas de frio infantil e adulto, absorventes, fraldas descartáveis, brinquedos e frutas, que já podem ser entregues na Tenda da Comunicação, montada na área externa da Funarte. Em paralelo, a rede criou uma campanha virtual para doações em dinheiro. A meta é arrecadar R$ 400 mil. É possível realizar a doação neste link.
Edição: Heloisa de Sousa