Um ato público ecológico em defesa do “Maceió do Bessa” será realizado neste sábado (16), a partir das 8h30. Moradores do Bessa, Jardim Oceania e outros bairros de João Pessoa vão se concentrar na Eco Praça, localizada na Avenida Campos Sales, no Bessa. Deste ponto, o grupo vai sair em caminhada até o maceió, que fica na Avenida Afonso Pena, levando cartazes, faixas e apitos, para denunciar a destruição da área de preservação ambiental pela ocupação irregular, desmatamento, despejo de lixo, estacionamento clandestino, comércio ilegal e poluição sonora.
"O maceió é uma área onde o rio deságua no mar em forma de lagoa. Então, essa lagoa ajuda a administrar o fluxo dessa água que vai desaguar. Ao mesmo tempo que, previne quando a maré está cheia, de a água do mar entrar direto no terreno, ficando um pouco ali naquela região alagoada. É uma área de preservação ambiental, protegida pela lei municipal, estadual e federal e, inclusive, a área é sinalizada nesse sentido. Acontece, como em toda região litorânea, a pressão imobiliária e a comunidade se uniu para preservar essa área. Vamos fazer um ato e vamos fazer a limpeza do lugar, replantar alguns árvores que foram retiradas. A ideia é que a comunidade possa, não só intervir, mas observar outras áreas que estão sendo devastadas e tendo a vegetação nativa suprimida e que também são áreas de preservação ambiental", declarou Rosa Alves Pereira, que é moradora do Jardim Oceania e contribui com a luta pela preservação do meio ambiente.
Ao chegar no maceió, os manifestantes farão limpeza do lugar e plantio de mudas. A preservação do maceió é assegurada pela Lei nº 12.651/2012, do novo Código Florestal Brasileiro, mas está sendo negligenciada pelo poder público. O ato é organizado pela Associação dos Moradores e Ambientalistas do Jardim Oceania (Amjo), que cuida da Eco Praça e Eco Bosque. Os manifestantes devem comparecer com apito, além de luvas e equipamento necessário para o plantio.
"O maceió é ainda uma das poucas regiões preservadas no bairro, nessa faixa costeira, e ali é o último porto para os pescadores poderem entrar porque ali tem uma saída para o mar livre dos corais, naturalmente livre, então são essas questões que fazem com que a gente se mobilize e estamos chamando a todos para o ato deste sábado", completou Rosa.
Conforme o Código Florestal, a vegetação ao largo do maceió serve para manter fixa a duna, evitando que o vento espalhe a areia da praia. Também serve de abrigo para aves migratórias e diversas outras espécies de animais, mantendo o equilíbrio do meio ambiente. "Ainda podemos salvar o “Maceió do Bessa", afirmam a organização do ato 'Salve o maceió do Bessa'.
Edição: Heloisa de Sousa