Continuaremos a ver palanques contraditórios? Vale tudo para chegar ao poder?
A corrida pela vitória nas próximas eleições já começou. Essa é uma fase interessante para ver as várias hipóteses a serem construídas para o ano de 2022.
Quem quer que seja o (a) vencedor (a), vai herdar um país totalmente desorganizado e mais uma vez, insisto, teremos que ter cuidado quem vai assumir a Câmara dos Deputados e o Senado da República, pois sem a boa conexão entre os dois poderes, o povo brasileiro continuará padecendo!
Na semana passada, ventilou-se o interesse do Lula (PT) na figura do Alckmin (atual PSDB e quem sabe futuro PSD). Duas coisas me chamaram atenção, sendo a primeira o silêncio dos correligionários da esquerda à essa inusitada “parceria”. A segunda foi a suposta observação do Lula, que teria dito que o Alckmin era o único do PSDB que gostava de pobre. Se isso foi verdade ou não, apenas o próprio Lula poderá confirmar, mas é no mínimo curioso esse desejo de “flertar” com o pessoal do centro direita; é controverso.
Num país, onde Renan Calheiros (MDB) e Omar Aziz (PSD) são os protagonistas da CPI, candidatos a heróis nacionais, sendo apoiados pelo auspicioso Randolfe Rodrigues (REDE), nada mais pode surpreender.... aliás, uma das surpresas da semana que passou, foi a suspensão da pré-candidatura do Cirão da Massa (Ciro Gomes, do PDT), que se mostrou surpreso em perceber que o partido do Brizola não é mais o que era.
Dizem os bastidores, que o Compridão de BH, atual Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (atual DEM e quem sabe PSD), está negociando o apoio do Lula para a sua candidatura ao Governo do Estado de MG e se caso, Pacheco perdesse a eleição ao governo, automaticamente dentro do “combo de apoio”, teria garantida a sua reeleição à Presidência do Senado.
Nesse modesto texto, citei alguns partidos, entretanto um deles com mais repetições: PSD – Partido Social Democrático, que segundo o Wikipédia, na sua formação o seu fundador teria dito: “Não será de esquerda, não será de direita, nem de centro.” Quem é o “dono” e um dos fundadores do PSD? É o Gilberto Kassab, que já trabalhou com o José Serra, já apoiou o Lula, já foi Ministro da Dilma Rousseff, que “cravou a faca” e virou o cabo nas costas da Presidenta, durante o Golpe de 2016, que foi Ministro do Michel Temer e que agora quer apoiar o Lula. Ou seja, o tal Kassab, personagem da política atual brasileira não está de brincadeira. Será que essa hipótese tornar-se-á realidade? Continuaremos a ver palanques contraditórios? Vale tudo para chegar ao poder?
Há duas semanas, vazou um áudio de um certo banqueiro, onde ele deu algumas dicas para o Lula se garantir no lugar mais alto do pódio. Será que o Luiz Inácio ouviu essas dicas? Será que o ‘mercado’ vai enxergar o Kassab como o “novo Meirelles”?
Eu estou achando que os ensinamentos de Nicolau da Itália, também conhecido como Maquiavel, serão colocados em prática na próxima corrida presidencial.
E aí, não tem como não se perguntar: Os fins (volta ao poder) justificarão os meios (alianças políticas com os “Kassab´s”) para chegar ao Palácio do Planalto?
A minha esperança é que o Povo Brasileiro acorde e comece a pesquisar em quem irá votar para o Congresso Nacional, e ficar no pé dessa turma, para que a “Mosca Azul” (ler o Livro do Frei Betto) não se manifeste novamente.
Edição: Heloisa de Sousa