Cuba acaba de acertar a doação de 1,6 milhões de vacinas à Venezuela
Certamente a ilha de Cuba que maravilha o mundo progressista e as pessoas que sonham e lutam por uma sociedade pós-capitalista, sob o manto da justiça social e da igualdade de direitos frustra o burguês liberal, como também sociais democratas que creem em democracia acima das classes sociais, universal.
A Democracia em Cuba é a democracia possível, das massas, para as massas trabalhadoras. Longe da democracia idealizada por aqueles regidos por alucinações distantes do mundo real em conflito de classes, dos interesses imperialistas e da coação permanente dos poderosos do capital.
Ao leitor desprevenido pergunto: alguém acredita que o imperialismo estadunidense perdeu o interesse por Cuba? É possível imaginar que o país que mais invadiu territórios de outras nações; que mais explodiu bombas em outros países; que financiou e participou ativamente de golpes políticos e ditaduras na América Latina, não tenha interesse de implodir o regime cubano? Alguém em sã consciência pode acreditar que os EUA, através de seus órgãos de vigilância no mundo não estão dia e noite articulando e conspirando contra a autonomia de Cuba?
Caso sejam essas suas crenças, caríssimo leitor fique desapontado. Não se trata de teoria da conspiração. São fatos concretos e provados. Diariamente nos EUA se planejam e se atuam por iniciativas privadas e por meios institucionais para derrubar o governo socialista de Cuba. Infelizmente os EUA e sua burguesia reacionária não estão sós nessa empreitada. Têm a participação da burguesia internacional que controlam os meios de comunicação, a mídia empresarial.
Sim, leitor. Imprensa independente, só existe no discurso e, se você for um ingênuo: em sua mente. Os meios de comunicação em todo o mundo são controlados por estruturas econômicas, estreitamente vinculadas aos interesses de monopólios gigantescos que estão sempre articulando para favorecer seus negócios mundo afora.
A mídia internacional, na qual muitas vezes você acredita está subordinada, na maioria dos casos, aos interesses econômicos de cartéis, monopólios de toda natureza.
E tem um inimigo ideológico comum: o pensamento socialista, comunista, marxista. As ideias de emancipação da humanidade do jugo da exploração humana, base da sociedade capitalista.
Cuba é uma espécie de símbolo de tudo isso. É a negação concreta, vívida, do capitalismo.
É mentira que esse pessoal está preocupado com a pobreza em Cuba. Eles, o mundo capitalista, concentrando riquezas, produzem a pobreza em todas as partes do mundo.
Na África, na América Latina ou na Ásia foi o colonialismo e o neocolonialismo quem extraiu e extraem, saqueou e saqueiam as riquezas desses povos, dessas nações para serem transformados em opulência entre eles os capitalistas. Claro que contaram e contam com seus asseclas nessas nações. Internamente se formaram nessas nações colonizadas ou neocolonizadas castas burguesas, serviçais dos interesses monopólicos.
São os capitalistas quem produzem fome, desespero, ausência de educação, de saúde, de ciência e tecnologia nesses países periféricos do sistema capitalista. Isso é tão óbvio, tão claro que me espanta de vez em quando necessitarmos relembrar tais fatos.
Cuba disse não a tudo isso. A essa falsa democracia. Que afirma dar liberdade aos seus povos e oferece alienação, ignorância, fome e miséria. Que lhes nega saúde, educação formal, cultura e lazer.
Democracia sem direitos. É isso que as sociedades dominadas pelo capitalismo oferecem. Além do porrete policial, das bombas de gás lacrimogênio, da bala de borracha ou do chumbo derretido a quem ouse questionar a exploração do sistema.
Isso porque não tem nas manifestações contra exploração capitalista, racismo e injustiças que delas brotam, nenhuma nação financiando, pagando, estimulando tais atos.
Duvido que consigam provar um peso cubano de incentivo às manifestações contra o assassinato de negros nos EUA. Já o contrário. São inúmeras as provas dos dólares, em milhares, oferecidos aos “gusanos” em Cuba. Motivo de vergonha para os muito flagrados por receberem dinheiro internacional para se mobilizarem contra o regime da Ilha.
Cuba, bloqueada, isolada, perseguida, caluniada, acaba de anunciar a abertura ao turismo internacional.
Prepara-se para receber 400 voos semanais, lotados de turistas. Controlou a Covid-19. Com vacinas próprias. Produto da ciência e da disciplina que o Socialismo produziu na Ilha.
Uma lição para o mundo. Uma ignomínia aos privilegiados do mundo capitalista, que querem continuar seus privilégios.
Para o leitor ter a dimensão do que o Socialismo é capaz de realizar: na Cuba empobrecida pela ação imperialista, perseguida, bloqueada houve três vezes menos mortes por Covid-19 do que na rica Bélgica, que tem praticamente a mesma população da ilha. A poderosa Bélgica, um dos berços do capitalismo e uma das nações imperialistas do mundo, que anos a fio escravizou e saqueou nações e povos da África.
É impossível comparar a Bélgica com Cuba. Uma foi colonizadora, a outra colônia, uma imperialista, a outra vítima. Uma riquíssima, industrializada, a outra pobre e bloqueada. Mas hoje há, na Bélgica, três vezes mais famílias de luto com a perda de seus entes queridos para a Covid-19 do que em Cuba.
Cuba acaba de acertar a doação de 1,6 milhões de vacinas à Venezuela e se prepara para produzir vacinas em escala para os países pobres da América Latina, Caribe e da África, abandonados pela indústria farmacêutica e as nações ricas.
O mundo que viu Cuba salvar a humanidade da ameaça do Ébola pode assistir agora a pequena Ilha que exala amor e solidariedade novamente salvar milhões de pessoas nesse mundo.
Sim, podemos afirmar hoje: Cuba é amor e solidariedade.
Jonas Duarte é Professor do Departamento de História - CCHLA/UFPB. Pesquisador Visitante no INSA - Instituto Nacional do Semiárido.
Edição: Cida Alves