Dados divulgados nesta terça (07) pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) revelaram o que homens e mulheres já estavam sentindo no bolso, alta no preço dos alimentos. A Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos é realizada em 17 capitais: São Paulo, Florianópolis, Rio de Janeiro, Vitória, Porto Alegre, Brasília, Campo Grande, Curitiba, Belo Horizonte, Goiânia, Fortaleza, Belém, Natal, Recife, Salvador, João Pessoa e Aracaju. As altas mais expressivas ocorreram em Brasília (6,36%), Aracaju (6,23%), João Pessoa (5,45%), Fortaleza (4,89%) e Goiânia (4,63%).
Já na comparação entre os valores da cesta básica do mês de janeiro de 2021 e o de janeiro de 2022, as maiores altas acumuladas ocorreram em Natal (21,25%), Recife (14,52%), João Pessoa (14,15%) - chegando ao custo de R$ 538,65 - e Campo Grande (14,08%).
Quando se compara o custo da cesta e o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto de 7,5% referente à Previdência Social, verifica-se que o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu em média, em janeiro de 2022, mais da metade (55,20%) do rendimento para adquirir os produtos alimentícios básicos, mesmo com o reajuste de 10,18% dado ao salário mínimo.
Em janeiro de 2022, o preço do quilo do café em pó subiu em todas as capitais em comparação com dezembro de 2021, já o do açúcar e do óleo de soja em 15 cidades, incluindo João Pessoa, assim como o arroz. O tradicional feijão teve uma das altas mais expressivas na capital paraibana, chegando a 1,37% de aumento.
Segundo DIEESE, para suprir as despesas de um/a trabalhador/a com uma família de quatro pessoas com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o valor do salário mínimo deveria equivaler a R$ 5.997,14 ou 4,95 vezes o mínimo de R$ 1.212,00.
Edição: Heloisa de Sousa