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Pedro Matias- Secretário de Juventude do PT da Paraíba. - Reprodução
é preciso avançar rumo ao centro, trazer os setores médios da sociedade p/ o nosso arco de relações

*Por Pedro Matias

 

Há vinte anos o então candidato a Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, publicava a tão famigerada Carta ao Povo Brasileiro, que demarcou um novo momento na vida política de Lula e apontou o que seriam os seus dois mandatos à frente do Palácio do Planalto.

A Carta ao Povo Brasileiro agregou inúmeros setores da sociedade, das camadas populares aos setores médios historicamente ligados à elite nacional, à candidatura do ex-presidente Lula. Valendo ainda lembrar de uma série de empresários do setor produtivo, encabeçados pelo ex-vice-presidente José Alencar, deram respaldo na disputa eleitoral ao Governo que seria, em 2010, a melhor época da história econômica do Brasil nos últimos 30 anos, segundo pesquisa realizada pela Fundação Getúlio Vargas

O Brasil lembra bem desse período de desenvolvimento econômico e, sobretudo, social. É nessa esteira que às vésperas do calendário eleitoral de 2022, o ex-presidente Lula lidera de maneira isolada todos os cenários testados pelas pesquisas de opinião pública, frise-se, nos dois turnos.

No próximo dia 10 de fevereiro, o Partido dos Trabalhadores completará 42 anos de existência, em um ano considerado fundamental e crucial na vida de todos os brasileiros e brasileiras, o ano que definirá se o nosso país inaugurará um novo ciclo de desenvolvimento socioeconômico, inclusão das camadas populares no orçamento, erradicação da pobreza, retomada da capacidade de investimento do Estado com a derrubada do teto de gastos, de respeito ao meio ambiente com foco numa economia sustentável rumo ao futuro, garantias à normalidade democrática e às instituições.

Um novo tempo de construção de uma política externa altiva e ativa, de valorização das relações de trabalho com a revogação da Reforma Trabalhista, um tempo de esperanças, de retorno a um passado espetacular da nossa história, mas com um latente aperfeiçoamento da forma de gerir a máquina pública, com vistas ao futuro dessa Nação.

É de responsabilidade não só de Lula, mas também do conjunto do Partido dos Trabalhadores, avançar na marcha dos nossos sonhos, de retomar esse país que está afundado nas mãos de uma verdadeira milícia, e para isso, precisamos AMPLIAR, PACIFICAR, DIALOGAR, apontar para toda a sociedade que nós somos a força política que temos condições factíveis de retomar o Brasil para os brasileiros. 

Não cumpriremos essa tarefa ardorosa conversando dentro da nossa bolha, é preciso AVANÇAR RUMO AO CENTRO, trazer os setores médios da sociedade para o nosso arco de relações políticas. 

Historicamente, o PT detém em torno de suas candidaturas cerca de 1/3 do eleitorado brasileiro, comprovado via pesquisas de opinião que demonstram a preferência de 28% da sociedade pelo PT, mas é insuficiente para se criar uma maioria social que respalde uma nova agenda de desenvolvimento, é necessário marchar e conquistar mais 1/3, garantindo governabilidade ao próximo Presidente Lula com uma ampla bancada de deputados federais e senadores.

Não será com restrição e sectarismo que conquistaremos o quinto mandato presidencial para o nosso partido, muito menos brecando alianças estratégicas como o ex-governador Geraldo Alckmin (sem partido) na vice-presidência. 

O que está em jogo é o futuro da democracia no Brasil, mas além disso, a sobrevivência do nosso povo, massacrado pela irresponsabilidade do Governo Bolsonaro na gestão à frente da pandemia por covid-19 com mais de 600 mil vitimas, humilhado no desemprego galopante, e pior, sem saber diariamente se terá condições de por comida na mesa ao menos três vezes no dia. 

É imperativo que o PT cumpra essa responsabilidade histórica e avance rumo à conquista do Centro, garantindo a eleição de Lula e principalmente a sua governabilidade.

 

*Secretário de Juventude do PT da Paraíba.

**Este é um artigo de opinião. A visão do autor não necessariamente expressa a linha editorial do jornal Brasil de Fato PB.

Edição: Heloisa de Sousa