A Comunidade Marilene Dantas, no Bairro do Tibiri II, fez mais uma intervenção local, no último sábado (18), à tarde. Desta vez participaram cerca de 12 pessoas, com um tema sobre Educação Ambiental.
Com o lema “Cuidar do meio ambiente é cuidar da gente”, realizaram uma ação de coleta de material reciclável em vias públicas e colaram cartazes para sensibilizar a população sobre a importância de proteger o meio ambiente. Esta é uma de uma série de atividades que vêm ocorrendo no bairro Tibiri II, dentre oficinas e atividades com as crianças e oficinas de futebol.
A Comunidade, que existe há cerca de oito anos, é alvo de uma ação judicial que busca retirar cerca de 70 famílias daquele local, dentre crianças, idosos e pessoas com deficiências, além, de pais e mães de família que resolveram dar uma função social ao grande espaço de terra que servia para a criminalidade, assaltos e até homicídios.
“Antes a comunidade local era praticamente erma, era só terra e mato mesmo, e servia de ponto de criminalidade, roubos, inclusive homicídios. Então a comunidade ocupou lá pela necessidade de moradia e construíram família, tem histórias. Então, foram praticamente eles quem coloriram aquele local, com toda a dificuldade da vida dos trabalhadores”, explica Suellyton de Lima, advogado do Centro de Direitos Humanos Dom Oscar Romero (Cedhor).
Os moradores, que foram intimados no ano passado, (alguns com ação de reintegração de posse), estão unidos para defender os seus direitos, e vêm sendo acompanhados pelo Movimento dos Trabalhadores por Direitos (MTD) e pelo Cedhor.
“A gente fez uma limpeza e colou uns cartazes pedindo que não coloque lixo, que é importante para a limpeza da comunidade, então a gente tem que preservar o meio ambiente. Todo mundo tem que colaborar”, comentou a moradora Lourdinete Serafim (43 anos).
O nome do acampamento é em homenagem a Marilene Dantas, que foi uma militante do MST, e que faleceu, este ano, de câncer.
Edição: Heloisa de Sousa