A Jampa Futebol Americano (JFA) foi fundada em 2018 e é considerada a maior liga nordestina de futebol americano na areia. Os jogos seguem o mesmo formato do futebol americano de campo, porém com algumas variações, uma delas é o número de atletas que no campo são onze e na areia são nove. Por ser uma modalidade NO PAD, os jogadores não utilizam os equipamentos de proteção, com exceção do protetor bucal. 

Com camisa 31, Jhon Nascimento, linebecker do JP PerifaPower. / Divulgação JFA

A diretoria da JFA é formada por jogadores dos times de João Pessoa. Jhon Nascimento faz parte da diretoria e é linebacker do JP Perifa Power, ele fala sobre a formação inicial da liga e dos times. “ A JFA está intimamente ligada ao futebol americano da Paraíba, eu costumo dizer que somos as raízes do futebol americano no estado. Lá atrás em 2018, estávamos organizando o que chamamos de “rachões”  no busto, que eram grupos pra praticar o esporte nas areias. Quando percebemos, já tínhamos mais de cem pessoas por lá, e ai decidimos realizar um torneio e dividimos jogadores em grupos para que ficasse algo bem disputado, daí saíram times como Demônios da Areia, JP bolados, que hoje é o JP Gladiadores, e outros dois times que acabaram não dando continuidade, enfim, foi a partir dai que seguimos com nossas ideias”, explica Jhon.

Atualmente a liga está realizando a Taça JFA, que conta com a participação de quatro equipes da Capital: Demônios da Areia, JP BlackSkull, JP Gladiadores e JP Perifa Power. Na primeira semifinal que aconteceu no dia 2 de abril, a disputa ocorreu entre o JP Blackskull e os Demônios da Areia.  Os caveiras, como são conhecidos o JP Blackskull, levaram a melhor e aguardam o vencedor da segunda semifinal que acontece neste sábado, dia 9 de abril, às 15h, no Busto de Tamandaré, entre JP Gladiadores e JP Perifa Power. A grande final da Taça JFA ocorrerá no dia 23 de abril.

 

Expansão e próximas competições

A Liga Jampa de Futebol Americano realiza dois momentos de competições ao ano: a Taça JFA e o Campeonato Liga JFA, este último acontece no mês de agosto. Os vencedores de cada uma dessas competições se enfrentam no Jampa Bowl, que tem previsão para acontecer no final de novembro. Jhon Nascimento fala sobre a nova diretoria, expansão do campeonato e a pretensão de realizar eventos a nível regional. “Esse ano a diretoria se renovou, atualmente está sendo composta por Josafá do JP Gladiadores, Netton do JP BlackSkulls, Flaviano do Demônios da Areia e eu, Jhon Nascimento do JP Perifa Power. Também temos o apoio no marketing com Luis Moss e Léo Souto. Nós começamos esse ano a pensar em expandir mais, trazer os times do sertão, Patos, Sousa... de Campina Grande, e tornar o campeonato cada vez mais interessante. E assim, a gente pensou em fazer com que a competição ficasse cada vez mais abrangente, englobando todo o Estado, já imaginou? Realizarmos algo a nível regional? Tudo que começou com um rachão se tornar algo bem grande é pra deixar qualquer jogador e amante de futebol americano arrepiado”, afirma o jogador.

Assim como em outros esportes e modalidades, o período de pandemia também afetou o calendário de competições da Liga JFA, mas esse ano, com o avanço da vacinação e todos os jogadores devidamente imunizados, os eventos esportivos continuam ganhando visibilidade. Lucas Hirley, que é do bairro de Valentina, costuma acompanhar os jogos da Liga JFA e fala sobre a importância do esporte. “Nunca imaginei que um dia fosse ver um jogo de futebol americano, entender as regras e até participar, aí vem os meninos do Jampa FA e me apresentam essa possibilidade. Me sinto atraído por futebol americano porque acho bem inclusivo, não tem distinção entre magro, gordo, alto ou baixo, todo mundo é interessante pra jogar e pode participar, essa inclusão é o que acho massa. Além da liga dar visibilidade a muitos garotos, eles saem do amador e seguem para grandes times, em especial o Espectros JP, que compete na modalidade full pad maravilhosamente bem a nível nacional. Hoje a Paraíba é um celeiro de bons jogadores de futebol americano  e acho que isso vem muito da dedicação da liga JFA”, declara Lucas.
 

Edição: Heloisa de Sousa