O MST na Paraiba deu início às ações de retomada de ocupação de terras, dentro da jornada de lutas “Por Terra, Teto e Pão”. Cerca de 40 famílias estão acampadas nas terras pertencentes a antiga fazenda Maravilha, localizada às margens da BR 101, divisa com a Paraíba e Pernambuco.
A usina, falida há mais de uma década, não cumpre a função social da terra. A coordenação do MST informa que a sua ocupação tem como objetivo assentar famílias e pressionar o governo federal a retomar a desapropriação de terras para fins da Reforma Agrária na forma como determina a Constituição Federal.
“Essa ocupação faz parte de nossa jornada de luta pena reforma agrária que acontece em todo Brasil, é a retomada das ocupações de terras que nesse momento histórico cumpre um papel essencial tendo em vista a fome, o desemprego e a miséria assola nosso país. Ocupar terras seja ela improdutiva ou produtiva é uma forma de luta na busca de devolver a esperança ao nosso povo pobre sem-teto, sem-terra aos excluídos de direito de viver dias melhores com comida e um lugar para viver. Essa é a tarefa histórica do MST lutar incansávelmente em defesa da reforma agrária.”, Gilmar Felipe – Dirigente MST na Paraíba.
Atividade / Imagem Reprodução
Parte das famílias acampadas são de João Pessoa, não possuem moradia, nem emprego - pagavam aluguel e estavam em situação de despejo. O descaso do governo com seu povo fez com que o Brasil voltasse ao mapa da fome. De acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Mensal (PNAD Contínua), realizada pelo IBGE, o país fechou 2020 com a pior média móvel de desemprego dos últimos nove anos.
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Esses números tiveram um forte reflexo na mesa dos brasileiros:19 milhões de pessoas passaram fome no final do ano passado. A pandemia fez com que 27 milhões de brasileiros se encontrassem em situação de vulnerabilidade. O término do auxílio emergencial, ainda no final de 2020, jogou para a linha da pobreza 12,8% da população nacional.
Edição: Heloisa de Sousa