Uma notícia de fato foi instaurada pela Procuradoria Regional Eleitoral da Paraíba (PRE), no mês de abril, para apurar se uma pizzaria de João Pessoa-PB fez campanha negativa contra o presidente Jair Bolsonaro (PL) e a favor do ex-presidente e pré-candidato Lula (PT), incluindo distribuição de pizzas de forma gratuita.
O objetivo é saber se a empresa paraibana cometeu propaganda extemporânea, que é vedada pela legislação eleitoral.
Com a hashtag 'Fora Bolsonaro’, a 'Autêntica Pizza da Lambreta’ iniciou, no dia 04 de abril, quando faltava um mês para o fim do prazo para solicitação do título de eleitor, uma campanha para que jovens de 16 a 18 anos tirassem o documento. A empresa também distribuiu pizzas para pessoas dessa faixa etária.
As publicações incluíam uma estrela vermelha de seis pontas, (o que foi interpretado por alguns como uma referência ao Partido dos Trabalhadores (PT) e do ex-presidente Lula). “Ah, e é sempre bom lembrar: não adianta só tirar o título, tem que votar #forabolsonaro”, defendeu o perfil da empresa em uma das publicações.
Nas redes sociais, apesar dos apoios, houve clientes que discordaram da iniciativa. “A partir de hoje não sou mais cliente”, escreveu um seguidor da pizzaria. O perfil @cabralpb comentou no post: “Triste misturar pizza com política 😕 , estava indo bem até sugerir um candidato”.
Na mesma publicação, outros clientes elogiaram a iniciativa. O perfil @raquelcamara18 comemorou: “Ganhou cliente nova!! Neste FDS já iremos prestigiar “. Já a @myrellaasantos, disse: “Ameiiii, vocês são demais!”. @alysson.jpeg: “Incrível iniciativa! Não tinha ouvido falar da pizzaria mas já vou comer uma pizza aí pra prestigiar! 👏🍕”
A empresa comunicou, no dia 7 de abril, que cerca de 40 jovens ganharam pizza após a campanha feita na internet.
A notícia de fato foi instaurada por determinação da procuradora do Ministério Público Federal (MPF), Acácia Suassuna, mas foi declinada para a Procuradoria Geral Eleitoral (PGE), em Brasília, por citar o nome do presidente da República, Jair Bolsonaro.
Nesse período, o membro do MP poderá colher informações preliminares imprescindíveis para deliberar se instaura ou não uma investigação aprofundada do caso.
Confira as publicações a seguir:
Edição: Heloisa de Sousa