Na cidade ou no campo, o Povo quer vida digna para viver!
*Por Lenon Andrade
A Bíblia tem raízes na vida e nas lutas do Povo! Aliás, no livro sagrado, o Povo é protagonista na história da fé em Javé, o Deus camponês que o mobiliza na busca por condições de vida digna na caminhada pelo deserto em direção à terra da promessa. Na fé do Povo da Bíblia, o direito à terra com o plantio, a colheita e a fartura das estações era sinal concreto do cumprimento da vontade de Deus para a nação. Assim, muito antes do moderno estatuto da terra afirmar que a terra deve ter sempre uma função social para o benefício comum e nunca estar concentrada nas mãos de latifundiários e grileiros, a Bíblia ensina, desde os tempo antigos, que a fé em Javé se concretiza com a posse da terra nas mãos dos camponeses, justamente para permitir uma vida digna para o Povo, conforme ensina o capítulo 25 do livro de Levíticos. Neste sentido, eu pergunto, que tipo de governante se enquadraria nos ensinos do capítulo bíblico descrito acima?
Na cidade ou no campo, o Povo quer vida digna para viver! E isso só é possível com Terra, Teto e Trabalho, como diria Francisco, o sumo pontífice católico. Nessa direção Lula fez do seu governo uma aplicação prática daquilo que está dito acima:
1) Incentivou como nunca a agricultura familiar com o direito à terra para o plantio e o cultivo de alimentos sem veneno, para suprir a mesa dos brasileiros. Isso mesmo! Quem coloca comida na nossa mesa não é o agronegócio que cria soja para alimentar gado e quase nada produz para alimentar as pessoas. Diferente da agricultura familiar, com sua capacidade peculiar de cultivar e fornecer o que comemos em nossas cidades e casas. Portanto, o mote que diz “quando o campo não planta, a cidade não janta!” é a mais pura verdade que se pode registrar diante de um prato cheio para matar a fome. O Agro, pelo contrário, destrói a capacidade germinativa da terra com seus venenos químicos liberados a toque de caixa pelo governo da morte do falso messias, ocupante do palácio do planalto.
2) Lula criou o Minha casa, Minha vida que deu abrigo digno a milhões de brasileiros que jamais teriam um teto, sem os incentivos e subsídios do governo. Na época de Lula o Brasil virou um verdadeiro canteiro de obras, sob a liderança do operário Estadista! Lembro de conjuntos habitacionais inteiros de casas em que os moradores contemplados pagavam apenas 5% do valor do imóvel, sendo o restante subsidiado pelo governo de Luiz Inácio. Gente sem nenhuma condição de pagar o preço de um aluguel, que dirá a prestação da casa própria...hoje, a maldade que ocupa a cadeira de presidente aprovou, na câmara dos deputados, um projeto que permite os bancos tomarem as casas de seus devedores...pura maldade dos servos de Mamom.
3) Durante todo o governo de Lula, o salário mínimo cresceu mais do que a inflação trazendo poder de compra, privilegiando a família do trabalhador brasileiro - O princípio fundamental do capítulo 25 do livro de Levíticos é o direito a ter vida digna! Ter o direito de comer as três refeições diárias, o direito de trabalhar e ter um salário digno que permita ao trabalhador, tendo o suficiente na dispensa, também pagar as suas contas e com sobras para o lazer, sendo isso um direito da sua família. Essa lógica de governo mostra o quanto o governo de Lula traduziu nas suas políticas públicas o ensino afirmativo de jesus de jesus de que “o trabalhador é digno do seu salário.” Essa aplicação vale tanto para o trabalhador do campo quanto para para o trabalhador da cidade.
4) O bolsa família levou dignidade para aqueles que nada tinham! Valeu, nos governos de Luiz Inácio o princípio do Evangelho, segundo Jesus de Nazaré: “[…] tive com fome e me deste de comer, tive sede e me deste água para beber, sem roupa e me destes roupas para me vestir […]. Neste quesito, eu olho para este texto da Bíblia que retrata nada mais, nada menos que o JULGAMENTO DAS NAÇÕES e vejo nele o governos Lula aprovado, porque fez exatamente aquilo que Jesus ensinou e, por isso, foi premiado pela ONU por ter tirado o Brasil do mapa da fome!
Luiz Inácio governou sem nunca ter fechado um templo ou perseguido qualquer Igreja evangélica ou grupo religioso, pelo contrário. Aliás, é bom que se diga: foi o presidente Lula quem aprovou a Lei de liberdade de culto e de religião e também a Lei que permitiu às Igrejas terem o CNPJ, o que trouxe segurança jurídica para as nossas Comunidades.
Ainda poderia dizer que as Igrejas evangélicas cresceram como nunca nos períodos de Lula justamente porque o Povo pobre e trabalhador, que sustenta as Igrejas, tinha como contribuir e ofertar com seus salários, contrário de hoje em que as Igrejas estão cheias de desempregados por conta de um governo que sacrifica nossos irmãos e irmãs enquanto engorda a dispensa dos ricos e bilionários.
Termino dizendo que votar no Lula é apostar no retorno de um período em que fomos abençoados através da vida de um operário imigrante nordestino que liderou a nação pensando no bem do Povo e, por amor a este mesmo Povo, atravessou o vale da sombra da morte, para que, neste tempo de lutas e provações, possa voltar à presidência da República com o nosso voto, para devolver o sorriso no rosto do Povo brasileiro outra vez!
*Pastor Lenon Andrade, da Comunidade Batista do Caminho em Campina Grande /PB.
Edição: Heloisa de Sousa