Paraíba

NOVO REAJUSTE

Petrobras anuncia aumento do diesel em 14,2% e gasolina em 5,2%, a partir deste sábado (18)

Conselheiros indicados por Bolsonaro votaram por aumento de preços na Petrobrás

Brasil de Fato | João Pessoa - PB |
Internet - Foto: Ilustrativa

A Petrobras anunciou novas altas nos preços da gasolina e do diesel vendidos às distribuidoras. O aumento foi anunciado nesta sexta-feira (17), com vigência neste sábado, 18 de junho. O preço médio de venda de gasolina da Petrobras para as distribuidoras passará de R$ 3,86 para R$ 4,06 por litro e, para o diesel, de R$ 4,91 para R$ 5,61 por litro. Este não é valor final dos preços dos combustíveis nas bombas, que depende também de impostos e das margens de lucro de distribuidores e revendedores.

Segundo a Agência Nacional do Petróleo (ANP), o preço médio da gasolina no país ficou em R$ 7,247 na semana encerrada no dia 11. Já o do diesel, em R$ 6,886.

O diesel não era reajustado desde 10 de maio. Já a última alta no preço da gasolina havia sido em 11 de março, há mais de três meses.

O reajuste foi discutido em reunião extraordinária do Conselho de Administração da Petrobras ontem (16), quando a empresa deu sinal verde para o aumento.

Segundo membros da diretoria, a defasagem entre os preços internacionais e o praticado pela Petrobras supera atualmente os 20% no caso do diesel. Já a defasagem no preço da gasolina caiu para cerca de 5%, depois de medidas adotadas pelos Estados Unidos.

A diretoria argumenta que a única forma de evitar o aumento seria a concessão do subsídio, o que não foi autorizado pelo governo.

O petróleo Brent, principal referência internacional, já acumula alta de mais de 60% no ano, e encerrou a quinta-feira (16) a US$ 120,95 o barril.

Conselheiros indicados por Bolsonaro votaram por aumento de preços na Petrobrás

Todos os seis conselheiros da Petrobrás indicados por Bolsonaro, que formam maioria no colegiado de 11 conselheiros, votaram pelo novo reajuste nos preços, segundo Lauro Jardim, do jornal O Globo,

Ainda que Jair Bolsonaro (PL) tente se desvincular da responsabilidade pelo preço dos combustíveis no Brasil, o chefe do Executivo não move uma palha para alterar a política de preços da Petrobrás, que atrela o preço dos combustíveis no Brasil ao dólar e ao mercado internacional. O objetivo é seguir favorecendo os acionistas privados da companhia.

A atual política de preços foi implementada por Pedro Parente ainda no governo golpista de Michel Temer (MDB), como conclusão do golpe que derrubou a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) com o objetivo de transferir a renda dos brasileiros para os acionistas da Petrobrás. Desde então, a fome e a miséria voltaram a assolar o país.

 

Edição: Heloisa de Sousa