Dá pra se pensar o filho de Nossa Senhora apoiando o assassinato de favelados?

Por Sebastião Costa

É possível imaginar em dias de hoje, o filho de Deus cheio de preconceitos contra as mulheres e discursando contra negros e homossexuais?

Se Cristo vivesse entre nós, seria capaz de defender a tortura, a morte de pessoas inocentes?

Dá pra se pensar o filho de Nossa Senhora apoiando o assassinato de favelados?

Cristo seria simpático ao estímulo à morte, à violência, ou ele ficaria feliz com o discurso de paz e harmonia entre os homens?

Jesus, que pediu "Vinde a mim as criancinhas", ensinaria essas criancinhas o símbolo da violência? 
E se ele habitasse essa terra de Santa Cruz, defenderia os quilombolas e os povos indígenas ou estaria apoiando a negação de seus direitos?

E o Cristo feito homem, que defendeu prostitutas, conviveu com pescadores, estaria disposto a apoiar um candidato sem uma gota de sensibilidade social?

Ou o filho do carpinteiro iria fazer campanha para um homem comprometido em melhorar a vida dos mais pobres?

Jesus, que nasceu numa manjedoura, foi crucificado, morto e sepultado pela mãos injustas dos poderosos, de que lado ele estaria? Da elite, com apetite econômico insaciável, ou dos pobres e miseráveis que habitam os grotões desse país profundamente injusto?

Há de se perguntar portanto, se brasileiro fosse, em quem Jesus Cristo votaria? No capitão que  veio lá da classe média alta, ou no pau-de-arara que nasceu numa casa de taipa? No capitão cheio de violência, disposto a implantar uma outra ditadura ou no pau-de-arara  transbordando sensibilidade cristã, que só pensa em fazer uma outra revolução social?

O BRASIL ACIMA DE TUDO, CRISTO ACIMA DE TODOS

Sebastião Costa - Médico

Edição: Cida Alves