A Confederação Nacional de Municípios (CNM) publicou, nesta quinta-feira (21), que mais de 65 mil famílias paraibanas estão aguardando na fila para receber o Programa Auxílio Brasil (PAB). Em todo o país, 2,7 milhões de famílias com perfil para receber os recursos ainda não foram contempladas.
A fila de espera é considerada a maior desde novembro de 2021, quando o PAB substituiu o Programa Bolsa Família (PBF). O estudo da entidade municipalista também aponta um recorte com os dados consolidados por Estado e região. Em abril deste ano, na Paraíba, eram 65.442 famílias. Isso representaria 111.635 pessoas na demanda reprimida do Programa Bolsa Família e Auxílio Brasil. A situação é preocupante, muito por conta do momento atual do país.
“Essa é uma situação que nos preocupa, pois são 65,4 mil famílias sem o auxílio, representando um total de 111.635 mil pessoas. É essencial que o Governo Federal encontre uma solução para esse problema para que essas famílias possam ter ao menos o que comer. Estamos passando por uma situação difícil no país e o auxílio se torna a única fonte de renda de muitos paraibanos”, destacou George Coelho, presidente da Famup.
A explicação para o aumento, segundo a CNM, está na mudança de diretrizes do programa, que alterou alguns valores. A extrema pobreza saiu de R$ 89,00 para R$ 105,01 - enquanto apenas pobreza alterou de R$ 105,01 a R$ 210,00. Além disso, o Auxílio Brasil começou a acrescentar pessoas da faixa etária entre 18 e 21 anos.
Um dos dados que pode ajudar a compreender o crescimento da demanda reprimida foi o número de concessões de novos benefícios do Auxílio. De acordo com o CNM, foram 41.196 novos beneficiários em abril de 2022, o segundo menor desde março do mesmo ano, quando o número chegou a 4.336. Enquanto a maior ocorreu no mês de janeiro, com 3.046.911.
Edição: Maria Franco