Dias após a eleição, a Operação Carro-Pipa é paralisado por falta de recursos. Em todo o nordeste, o desabastecimento afeta cerca de 1,6 milhão de pessoas no semiárido com a paralisação do serviço, que leva água potável às famílias há 20 anos.
Na Paraíba, a suspensão afeta 159 municípios que deixaram de ser atendidos por 674 carros-pipa.
A Operação Carro-Pipa é financiada por recursos do Exército Brasileiro em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Regional. O secretário Nacional de Proteção e Defesa Civil, Alexandre Lucas Alves, justificou que a operação foi suspensa por problemas orçamentários.
Prefeitos de várias cidades da Paraíba já se dizem aflitos porque só conseguem manter o abastecimento pelos próximos 15 dias, com risco de racionamento. Além das residências, várias escolas afastadas estão ameaçadas por essa interrupção.
O deputado federal Gervásio Maia (PSB-PB) cobrou do governo nesta quarta-feira (23) uma solução urgente para a continuidade da Operação durante reunião do Grupo de Transição do governo de Lula com o secretário Nacional de Proteção e Defesa Civil, Alexandre Lucas Alves, no Senado.
“Em mais um ato perverso, o governo Bolsonaro decidiu cortar a verba e a água potável de 1,6 milhão de brasileiros no Nordeste. O ataque covarde ao povo nordestino aconteceu logo após as eleições. O @mdregional_br precisa explicar URGENTE por que o programa foi cortado”, publicou Gervásio em suas redes sociais.
Já o deputado estadual Tovar Correia Lima (PSDB) fez um apelo à bancada federal paraibana: “Essa é uma situação muito delicada e que precisa de uma solução urgente. Os nordestinos não podem ficar sem esse abastecimento, essencial para a sobrevivência. Nossa bancada deve se unir em torno desse grave problema, para que possamos ter a garantia do Governo Federal para o retorno da Operação Carro-Pipa”, destacou Tovar.
Edição: Maria Franco