A Polícia Militar da Paraíba finalizou de forma abrupta a programação cultural do bloco Viúvas da Torre na noite deste domingo (12). O show de Totonho ainda estava pela metade quando, por volta das 21h, alguns policiais subiram ao palco e exigiram que parasse a apresentação, inclusive com a ameaça de prisão ao artista caso não parasse a música.

Momento em que a PM sobe ao palco para exigir a interrupçao do show de Totonho

Na mesma noite subiram ao palco Rafa Araújo com participação de Bombinha e Gabriel Egito; Dj Ian Valentim; Orquestra Azdd; Maracatu Nação Pé de Elefante; Escurinho; e Totonho com participação de Fuba.

Segundo informações, os organizadores do bloco haviam assinado uma solicitação para que fosse disponibilizados o efetivo policial até às 21h20.

Este foi o argumento usado pela guarnição para interromper a apresentação de Totonho no meio de uma das suas músicas.
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No entanto, durante o carnaval, o Folia de Rua assinou um Termo de Ajustamento de Conduta para que os blocos de bairro possam fazer folia até a meia-noite.

O efetivo da Polícia Militar presente resolveu desconsiderar esse pressuposto, e subiu ao palco e de forma impositiva, exigindo que Totonho parasse a música.

Reprodução / Imagem Reprodução

O público de cerca de 500 pessoas ficou indignado e começou a vaiar e cantar palavras de ordem pedindo o fim da Polícia Militar.

“Não é uma questão de perturbação, é uma questão que temos mais de 500 pessoas com celulares, e não podemos sair daqui e deixar vocês. Temos que levar o policiamento agora para as Virgens (Bloco Virgens de Tambaú) e esse policiamento foi programado a partir do pedido do organizador, que foi só até as 21h20”, declarou um dos policiais ao sopé do palco para alguns foliões que foram questionar.

Totonho disse que não houve compreensão da parte dos policiais, que poderiam ter esperado pelo menos 10 minutos até ele finalizar um pouco melhor a sua apresentação, e arrematou - Inconsequente, irresponsável, despreparada e abuso de autoridade: 

“Tem que ter um mínimo de bom senso. O policial olhou para mim e disse ‘se você não parar, eu vou ter que lhe conduzir’. Onde é que oito homens resolveriam o problema das Virgens de Tambaú, que deu tiro e tudo o mais? Ou seja, desmanchar um evento para não consertar o outro! Eu achei uma falta de respeito e uma falta de planejamento porque a Polícia  Militar vem num evento que estava acontecendo absolutamente familiar, que não se registrou sequer um tapa, um empurrão, e disse que esse evento tem que terminar. Mas se não tivesse polícia nenhuma, o evento teria seguido até o fim sem a menor preocupação. Foi falta de planejamento e abuso de autoridade”, declarou o artista.

Na sua página do Instagram folia de rua publicou a seguinte nota sobre o ocorrido:

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Foliãs expressaram indignação na internet:

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Edição: Maria Franco