Flávio Dino, ministro da Justiça e Segurança Pública, apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma notícia-crime contra o deputado bolsonarista paraibano Cabo Gilberto (PL), devido a posts realizados em suas redes sociais associando o ministro ao crime organizado logo após uma visita de Dino ao Complexo de Favelas da Maré, no Rio de Janeiro. Outros seis parlamentares também estão sendo investigados: Eduardo Bolsonaro (PL-SP), Carlos Jordy (PL-RJ), Paulo Bilynskyj (PL-SP), Otoni de Paula (MDB-RJ) e os senadores Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e Marcos do Val (Podemos-ES).
“Inicialmente, eu não tomaria nenhuma providência jurídica com essa gente. Prefiro tratá-los na esfera política, mas vi uma repercussão muito deletéria e nociva contra a comunidade da Maré e outras comunidades. Essa gente que propaga esse tipo de preconceito, na verdade, está estimulando violência e chacina”, declarou o ministro.
OUTRAS INVESTIGAÇÕES
No último dia 17 de março, o ministro Alexandre de Moraes (STF) acolheu a notícia-crime apresentada pelo PSOL da Paraíba, a qual pedia a investigação e punição dos extremistas de direita do estado que participaram diretamente e indiretamente dos atos do dia 8 de janeiro, quando bolsonaristas depredaram as sedes dos Três Poderes, na Capital Federal. A ação foi assinada pelo diretório do PSOL e pelos ativistas políticos, Tárcio Teixeira, Olímpio Rocha, Adjany Simplício e Alexandre Soares.
"Essas representações estão oficialmente inclusas no inquérito policial, onde já se pede para a Polícia Federal fazer a oitiva dos envolvidos e também será enviada a documentação para a Comissão de Ética da Câmara dos Deputados referente ao Cabo Gilberto. Estamos avaliando se essa inserção no inquérito realmente procede ou não de que quem tenha porte de arma fique sem esse direito durante o período de investigação; se essa medida jurídica for cabível, vamos nos movimentar enquanto PSOL e esperamos que as coisas caminhem da forma mais tranquila possível, onde o Judiciário e a Polícia Federal investigue, apure e responsabilize os investigados após as provas que venham a ser colhidas", explicou o ativista e militante, Tárcio Teixeira do PSOL/PB.
Além de Cabo Gilberto, Alexandre de Moraes (STF) determinou que sejam investigados o deputado estadual Walber Virgolino (PL); Nilvan Ferreira (PL) e a vereadora de João Pessoa Eliza Virgínia (Progressistas). O ministro também solicitou o aprofundamento da investigação contra a ex-primeira dama da Paraíba, Pâmela Bório, que participou ativamente dos atos.
*Com informações da Agência Brasil
Edição: Cida Alves