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Plenária do Fórum Estadual de Saúde do Trabalhador(a) ocorre nesta terça (18), 14h, no SINTTEL

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Evento acontece nesta terça (18) no SINTTEL-PB - Divulgação
A plenária será de forma híbrida e o tema é "De que adoecem e morrem os trabalhadores da Paraíba?"

Instituições, entidades da sociedade civil e do movimento sindical realizam nesta terça (18) das 14h às 17h, mais uma Plenária do Fórum Estadual de Saúde do Trabalhador(a) com o tema: "De que adoecem e morrem os trabalhadores da Paraíba?". O evento acontece no Sindicato dos Trabalhadores (as) em Telecomunicações na Paraíba (SINTTEL-PB),  que fica na Rua Rodrigues de Aquino, 290, Centro da Capital. A Plenária será realizará de forma híbrida, para que interessados (as) de outras cidades possam acompanhar virtualmente.

O Fórum é composto por várias instituições e tem um papel fundamental pois agrega diversas entidades sindicais, de ensino e pesquisa, que formam o Coletivo de Saúde do Trabalhador(a): CUT-PB, Centro Regional de Referência em Saúde do Trabalhador, SINTTEL-PB, Grupos de Pesquisa da UFPB, Sindicato dos Bancários da PB, Prefeitura Municipal de João Pessoa, Superintendência Regional do Trabalho, INSS, entre outras.

"Esta plenária do Fórum vai debater aspectos recorrentes e urgentes do cotidiano dos trabalhadores dentro de um cenário pós pandemia e esse debate pretende buscar informações sobre os motivos que estão levando tantos trabalhadores da Paraíba a adoecer gravemente e, em muitos casos, chegando a ser fatal, incluindo também no debate, que ações órgãos como o Ministério Público do Trabalho e o Cerest estão tomando, no sentido de prevenir e minimizar esses impactos à saúde do trabalhador”, explica o Secretário de Saúde do Trabalhador da CUT, Rômulo Xavier

Coleta de Dados

Para a Professora Thaís Augusta que coordena o Grupo de Pesquisa Subjetividade e Trabalho, da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), trazer à baila o cenário que temos hoje na Paraíba é de fundamental importância para entender sua dimensão, “...a partir da discussão de várias entidades ligadas à saúde do trabalhador no Estado da Paraíba, vamos coletar dados para fazer um mapeamento das principais causas de adoecimento, de mortalidade, inclusive, acidentes de trabalho entre os trabalhadores”, explica.

Ela ressalta ainda que, “o objetivo enquanto Fórum é buscar essas demandas, para que possamos nos articular com ações promovidas no decorrer do ano de 2023, por isso aproveitamos o Abril Verde, mês simbólico de prevenção à saúde e segurança de trabalho”, acrescenta Thais.

O papel do poder público

Para Kleber José da Silva, da equipe técnica de vigilância e saúde do trabalhador do Cerest, a plenária traz uma importante reflexão acerca da organização e processo que vem acometendo adoecimentos e acidentes de trabalho no estado, “Conhecer essa realidade nos leva a pensar medidas de políticas públicas, ligadas a saúde e a segurança, a fim de garantir processo de trabalho mais salubre, além de motivar a mobilização dos trabalhadores em defesa da saúde do trabalhador e da trabalhadora”, destaca. Ele ainda salienta a importância do papel do poder público nesse processo, “é importante pensar sobre essa realidade a fim de que a gente possa mobilizar os poderes públicos, com medidas de fiscalização cada vez mais atuante, para realização das inspeções nos ambientes de trabalho, identificando as inconformidades que vem ocorrendo junto às empresas, que vem colocando os trabalhadores em situação de risco”, alerta.

Morbimortalidade

O Professor da UEPB, Edil Ferreira da Silva, enfatiza que a realização de mais uma Plenária do Fórum Estadual de Saúde do Trabalhador se reveste de muita importância, pois promove não só articulação, mas também debates sobre necessidades básicas do trabalhador (a) “além de rearticular este importante dispositivo de controle social na área da saúde vai permitir discutir a atual realidade de quadro de morbimortalidade dos trabalhadores e trabalhadoras da Paraíba, fazendo com que as questões pertinentes a política de saúde do trabalhador sejam discutidas e implementadas conforme a necessidade dos trabalhadores dos diversos setores econômicos do nosso estado”, conclui o Professor.
 

Edição: Polyanna Gomes