Paraíba

EDUCAÇÃO

Trabalhadores da Educação na Paraíba decidem participar da Paralisação Nacional em 26/04

O lema da ação nacional é 'A escola quer paz e valorização'

Brasil de Fato | João Pessoa - PB |
Reprodução - Card: Reprodução

A Paraíba estará participando de uma Paralisação Nacional no próximo dia 26 de abril, convocada pela Federação Nacional dos Trabalhadores em Educação, e também seguida pelos sindicatos filiados, incluindo o Sintepb que é o sindicato da categoria em nível estadual.

A mobilização atua com duas pautas principais: a valorização do piso salarial nacional, visto que há um movimento de prefeitos, coordenados pela Confederação Nacional dos Municípios, para alterar a Lei do Piso Salarial dos Professores, a Lei do Magistério.

“Atualmente a Lei do Piso garante reajuste anualmente em janeiro, baseada no reajuste, no aumento do investimento dos estudantes do ensino fundamental. O que esses prefeitos querem é reajustar apenas pelo INPC, ou seja pela inflação, e isso causaria, na prática, uma desvalorização salarial para os milhares de professores brasileiros”, explica Felipe Baunilha, da coordenação do Sindicato.

A segunda pauta é a exigência da revogação do Novo Ensino Médio:

“Nós estamos chamando de Farsa do Novo Ensino Médio porque basicamente volta a concepção de escolas para ricos e escolas para filhos de trabalhadores. Os ricos têm formação para ir para a universidade, enquanto que os filhos dos trabalhadores é uma formação apenas para ser mão de obra barata no mercado de trabalho”, complementa ele.

“A escola quer paz, e paz se faz com valorização do ambiente escolar”.

Pautas estaduais 

Baunilha também discorre sobre as pautas principais da categoria no estado: “Já estamos há alguns anos batalhando por melhoria nas condições das escolas, por valorização da nossa carreira profissional, por democracia para a escolha de gestores escolares porque hoje em dia são todos interventores nomeados pelo governo estadual, e a realização de concurso público para professores e equipes escolares. As escolas não podem funcionar apenas com professores, é preciso psicólogos, assistentes sociais, pedagogos, e é preciso pessoal de apoio pedagógico para que as escolas funcionem bem. Sem isso é impossível falar em paz nas escolas porque a gente está só cultivando uma bomba relógio”, finaliza ele.
 

 

Edição: Cida Alves