Paraíba

NOVA LEI

Paraíba sanciona lei que regulamenta criação do aplicativo "Escola Segura"

SINTEP diz que torce para que lei funcione, mas questiona priorização de sistema digital de registro pedagógico na rede

Brasil de Fato PB| João Pessoa |
Sancionada lei que regulamenta a criação de app com 'botão do pânico' para escolas da Paraíba - Dani Fechine - G1/PB

Na tarde dessa terça-feira (13) entrou em vigor na Paraíba a lei nº 12.669 que regulamenta a criação de um aplicativo denominado "Escola Segura" que tem como objetivo assegurar a integridade física das pessoas em instituições escolares públicas e privadas do estado.

O aplicativo estará ligado as principais instituições e órgãos públicos de prevenção, proteção e socorro que, segundo a lei "tenham respostas efetivas em uma situação de emergência e risco dentro do ambiente escolar". O desenvolvimento e manutenção ficam por conta da governo em parceria com Centro de Monitoramento da Polícia Militar da Paraíba; Pronto Socorro do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu); Centro de Monitoramento da Polícia Militar da Paraíba; Corpo de Bombeiros Militar da Paraíba; e Conselho Tutelar.

RECURSOS DO APP

De acordo com a lei divulgada no Diário Oficial do Estado, o aplicativo “Escola Segura” vai conter alguns recursos como: 

- Botão de emergência: quando acionado, o aplicativo deverá enviar um alerta para  os serviços de atendimento médico e psiquiátrico, polícia, Conselho Tutelar e Serviço de Atendimento Médico de Urgência - SAMU, informando a localização da escola e a natureza da emergência;

- Botão de pânico: quando acionado, o aplicativo deverá emitir um sinal sonoro de alerta na central da escola, como também, enviar alerta aos Centros Integrados de Comando e Controle (CICC) instalados no Estado da Paraíba e enviar uma mensagem de emergência para todos os celulares cadastrados no aplicativo.

O aplicativo também contará com um cadastro de todos os alunos matriculados na escola, suas informações pessoais e contatos dos responsáveis. Ainda terá um mapa da escola, informando a localização de cada sala de aula, banheiro, saída de emergência, extintores de incêndio e outros equipamentos de segurança. Outro recurso é o chat interno para que os professores e gestores da instituição possam se comunicar em tempo real durante uma situação de emergência.

A proposta foi do deputado Felipe Leitão (PSD) que justificou dizendo "que a lei busca trazer mais segurança para as escolas da Paraíba, considerando o aumento no número de ataques violentos às escolas no Brasil".

CADÊ O SISTEMA SABER?

O professor e representante do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Educação da Paraíba (SINTEP/PB), Felipe Baunilha, lembra que já funciona um dispositivo digital também chamado "Escola Segura" que foi criado pela Polícia Civil - na época dos ataques às escolas - e foi fruto de um diálogo entre Secretária de Educação, Sindicatos, Ministério Público, Polícia Civil e Militar. 

Baunilha ainda afirma que torce para que a lei funcione e que o estado tenha mais mecanismos de segurança nas escolas, mas questiona que existem outras prioridades antes da construção desse app.

"O que me chama a atenção é que o app, segundo a lei, deve ter um cadastro de todos os alunos e um mapa de todas as escolas, mas o governo esquece que os professores da rede estadual estão a mais de três anos sem um sistema digital de registro pedagógico, o nosso antigo "Sistema Saber". Acho que queríamos mesmo que nosso sistema voltasse a existir", pontuou o professor. 

De acordo com a nova lei, será promovido campanhas de divulgação e treinamento para o uso correto do aplicativo pelos professores e gestores das escolas paraibanas.










 

Edição: Cida Alves