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Servidores de Campina Grande (PB) aprovam indicativo de Greve Geral

O indicativo tem prazo até o dia 03 de julho e demanda cobrada à prefeitura é extensa. Saiba mais!

Brasil de Fato PB| João Pessoa |
Servidores em reunião nesta quinta (15) em Campina Grande - Divulgação

Nesta última quinta-feira (15) os servidores de Campina Grande (PB) aprovaram em Assembleia Geral o indicativo de Greve com prazo até o dia 03 de julho. A demanda cobrada pelos servidores à prefeitura é extensa:

-Reajuste da Data-Base;
-Reajuste do piso do magistério e aposentados; 
-Gratificação do PCCR do Apoio
-Risco de vida dos vigias congelados há mais de 20 anos em 96 reais;
-Reparação das perdas salariais dos servidores da saúde em mais de 30%;
-Atualização da base salarial do PPCR Geral que há mais de 10 anos ainda tem como referência o salário mínimo de 900 reais.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Públicos Municipais do Agreste e da Borborema (Sintab), Franklyn Ikaz, a gestão Bruno Cunha Lima não quer resolver os problemas dos servidores. "Quando há interesse político de resolver os problemas, se resolve. Quer prova disso? A prefeitura já está discutindo hoje como resolver o problema do São João de 2024", afirmou.

Franklyn ainda destacou as ações do Sintab para tentar negociar com a gestão que, segundo ele, se mantém irredutível. "Participamos de Audiência no Ministério Público, com o Secretário de Educação, com o Prefeito, com o TCE; fizemos assembleias, paralisações, greves, atos públicos, nota televisivas, outdoor, carro de som nas ruas, panfletagem, adesivagem, camisetas e, até agora nada", disse o sindicalista.

A diretora do Sintab, Maria da Paz, criticou também o descaso do governo municipal que, de acordo com ela, está relutante em não receber o sindicato para discutir a pauta dos servidores. "Não nos resta outra alternativa senão indicativo de greve. Esperamos que até lá o governo se sensibilize com todos os profissionais que fazem a cidade funcionar", disse ela. Já o vice-presidente, Napoleão Maracajá, informou sobre um projeto de Lei da prefeitura que tramita na Câmara Municipal que institui o trabalho voluntário na educação da cidade. "A lógica é aumentar o número de comissionados na gestão. Isso é uma excrescência!", criticou. 

APOIOS 


Educador e Cientista Político, Daniel Cara / Divulgação - Sintab

A Assembleia contou também com uma presença do professor Daniel Cara, educador e cientista político, especialista em políticas educacionais. Daniel participava, em mobilização por Campina Grande na UEPB e UFCG, pela revogação do Novo Ensino Médio. O educador criticou a postura do prefeito Bruno Cunha Lima e fez uma defesa enfática da luta sindical e do reajuste integral do piso do magistério.

"Em julho estarei na ONU e faço questão de levar a luta do Sintab para que o mundo todo saiba que a família Cunha Lima não está garantindo o piso do magistério", disse ele.

Para mais informações, entre em contato com o Sintab pelo fone (83) 3341-3178 ou através das redes sociais @sintab_pb

Edição: Polyanna Gomes