Nesta sexta-feira (17), segundo dia de programação da II Feira Nordestina da Agricultura Familiar e Economia Solidária (Fenafes), foi realizada a Reunião da Câmara Temática da Agricultura Familiar do Consórcio Nordeste (CTAF - Consórcio NE) para debater o Projeto Sertão Vivo - Semeando Resiliência Climática em Comunidades Rurais no Nordeste, iniciativa que apoia propostas de todos os estados da região que promovam o aumento da resiliência climática da população rural do Semiárido.
O evento aconteceu na manhã de hoje, no Auditório Céu do Talhado, sob o comando do coordenador da CTAF, Alexandre Lima, secretário de Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar (Sedraf) do Governo do Rio Grande do Norte, com a presença dos outros secretários estaduais da região.
O coordenador da CTAF ressaltou a importância de comemorar a expansão do projeto para todos os estados do Nordeste na atual gestão do Governo Federal. A ampliação do Sertão Vivo, que é acompanhado pelo Consórcio Nordeste, foi lançada pelo presidente Lula e pelo presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante no fim do mês passado.
“A maior vitória da Câmara Temática foi a conquista de que todos os estados pudessem ter acesso ao Sertão Vivo, que antes era apenas para quatro e hoje abrange todo Nordeste, é uma conquista fundamental que devemos celebrar.”
De acordo com Alexandre Lima, a ampliação do projeto irá aumentar o aporte de recursos para a região, com a injeção de mais R$800 milhões de reais, e podendo chegar a uma soma total de quase R$ 2 bilhões de reais.
“Isso significa R$800 milhões de reais a mais para a região, uma soma significativa. O projeto vai viabilizar quase R$ 2 bilhões de reais. É a maior experiência em termos de execução regional integrada de um projeto na história do nordeste e talvez do Brasil.”
O secretário executivo da Agricultura Familiar e do Desenvolvimento do Semiárido da Paraíba, Bivar Duda, “Eu acho que foi um passo importante, um marco nosso enquanto Câmara Temática nessa questão da ampliação Sertão Vivo, do edital, a gente simplesmente disse assim, nós estamos aqui, a gente quer participar daqui para a frente”, disse o secretário.
Ele ainda agradeceu a presença dos secretários estaduais presentes na reunião e na II Fenafes. “Quero também agradecer a vocês e todos os estados por estarem presentes, por vir para a feira, porque não adianta a gente fazer, preparar a estrutura, fazer a feira e não ter gente, não ter produto. Então, quem vem dos outros estados traz os produtos, os expositores, os agricultores e cabe a nós da Paraíba mobilizar o nosso pessoal para comprar, para ver as exposições”, disse Bivar Duda.
Ainda durante a reunião de hoje, os secretários também debateram mecanização da agricultura familiar. Segundo Alexandre, ficou definido um ato em fevereiro de 2024 para o lançamento da mecanização com a entrega das máquinas agrícolas fabricadas na China adaptadas à agricultura familiar, na cidade de Apodi, no Rio Grande do Norte.
“Nós vamos fazer um grande ato de lançamento da mecanização em Apodi no Rio Grande do Norte, dia 2 de fevereiro, com a presença de uma delegação de uma missão chinesa proposta por empresários e por membros do governo chinês”, revelou.
Pelo acordo firmado com a China, o Rio Grande do Norte vai receber como doação 31 máquinas, de 22 modelos, produzidas por sete fabricantes. Segundo Alexandre, as máquinas são do tipo motocultivadores, microtratores, roçadeiras, plantadeiras e semeadeiras. Pela facilidade no manuseio, possibilitam a inserção de mulheres e jovens no manejo da terra, contribuindo para fixar toda a família agricultora no campo.
II FENAFES
O coordenador da CTAF, Alexandre Lima, também falou sobre a abertura da II Feira Nordestina da Agricultura Familiar e Economia Solidária (Fenafes) na capital paraibana e a respeito da importância do evento para o setor produtiva e para os gestores das políticas públicas para a região.
“A Fenafes é uma grande festa, um momento de integração e também de dialogar com a sociedade. Então o grande saldo é justamente que nós podemos intensificar o processo de diálogo das políticas públicas, mas é também um importante instrumento onde a população de João Pessoa e da Paraíba pode conhecer o quanto é forte a pujante a agricultura e familiar do Nordeste”, concluiu.
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Edição: Polyanna Gomes