O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) publicou uma pesquisa mostrando que, de dez municípios brasileiros com abastecimento de água inadequado, oito estão localizados na Paraíba.
Os dados são da edição 2022 “Censo Demográfico 2022: Características dos domicílios - Resultados do universo”, anunciada nesta sexta-feira (23).
O município de Santa Cecília lidera o ranking nacional com 99,5% de precariedade no sistema, seguido por Baraúna (ambas na Paraíba), com 99,2%.
A lista inclui ainda Algodão de Jandaíra, Gado Bravo, Sossêgo, Damião, Alcantil e Riacho de Santo Antônio.
Os dados posicionam a Paraíba como o estado com mais problemas de abastecimento no país. Sem uma rede de abastecimento estruturada, a população conta apenas com os caminhões-pipa para suprir sua necessidade básica.
Esgotamento sanitário
Além disso, 102 cidades paraibanas têm mais da metade da sua população sem esgotamento sanitário. Entre as cidades que ainda precisam ampliar a assistência de saneamento básico estão Bayeux, Mamanguape, Santa Rita e Conde. A capital, João Pessoa, apresenta mais de 88 mil moradores sem esgoto, uma proporção de 11% em relação à população geral. Já em Campina Grande, a proporção é um pouco menor, de 8%.
Em 2022, ano da realização da pesquisa, o Brasil ainda registrava o equivalente a 49 milhões de habitantes sem atendimento adequado de esgotamento sanitário e 4,8 milhões de pessoas sem água encanada, apesar do crescimento desses serviços nas últimas décadas.
A pesquisa mostra que 75,7% dos brasileiros tinham acesso a sistema de esgotamento sanitário adequado, ou seja, ligado à rede coletora ou à fossa séptica, um avanço desde o Censo de 2000, onde os brasileiros com acesso a sistema de esgoto adequado somavam 59,2%.
Em relação à rede de esgoto, apenas cinco municípios possuem 100% das casas contempladas, segundo o IBGE: as paulistas Águas de São Pedro, Avanhandava e São Caetano do Sul, a gaúcha Presidente Lucena e a goiana Anhanguera.
Se apenas cinco municípios possuem uma rede ideal de esgoto, o país também possui dois que não possuem rede alguma: Juarina, em Tocantins, e Júlio Borges, no Piauí. Nesses locais, todo o esgoto produzido pela população vai para rios ou valas abertas.
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Edição: Cida Alves