Paraíba

EDUCAÇÃO

Professores e Servidores do IFPB entram em greve a partir desta quarta-feira (3)

Greve na Paraíba terá a participação de mais de 230 unidades de ensino, incluindo os 22 campi do IFPB

Brasil de Fato | João Pessoa - PB |
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A partir desta quarta-feira (3), professores e servidores do Instituto Federal da Paraíba (IFPB) irão aderir à greve nacional, em consonância com o movimento de servidores técnicos e docentes da educação, em 18 estados brasileiros. 

A decisão foi confirmada pelo Sindicato dos Trabalhadores da Educação Básica, Profissional e Tecnológica da Paraíba (SINTEFPB).
O movimento de greve na Paraíba, que terá a participação de mais de 230 unidades de ensino, incluindo os 22 campi do IFPB, é motivado por uma série de reivindicações. 


Reprodução / Foto: Internet


Dentre elas estão a recomposição salarial, com percentuais que variam de 22,71% a 34,32%, dependendo da categoria, além da exigência de reestruturação das carreiras técnico-administrativas e docentes.

Outras demandas incluem a revogação de normas que prejudicam a educação federal, a recomposição do orçamento e o reajuste imediato dos auxílios e bolsas dos estudantes. Os servidores também clamam pela convocação de concurso imediato para Técnicos e Docentes do IFPB, e se manifestam contra a precarização dos Institutos Federais.

As negociações com o governo federal têm sido uma via de idas e vindas, com respostas adiadas e frustrações. Em uma assembleia massiva realizada recentemente, os servidores do IFPB campus João Pessoa decidiram, por ampla maioria, aderir à greve nacional. Essa decisão foi respaldada por outras assembleias de base do SINTEFPB.

Com o início da greve, todas as atividades nos 22 campi do IFPB estarão .

Histórico de negociações com o Governo Federal

No último dia 29 de março, a Ministra do Planejamento, Simone Tebet, disse que uma resposta aos servidores só teria como ocorrer no mês de maio. O Governo Federal falou, inicialmente, que responderia nossa pauta de greve até 29 de março.

Em 2022, os servidores celebraram a vitória eleitoral contra o fascismo, essa vitória despertou a esperança de retirar a granada que o governo anterior colocou no bolso da educação federal. Foi reaberta a Mesa Nacional de Negociação Permanente – MNNP, e já em 2023 os técnicos e docentes receberam dois NÃOs: Não à solicitação para que o reajuste do benefício não fosse pago com o dinheiro do nosso reajuste; e NÃO à solicitação para que fosse repassado um valor da verba de contingenciamento da LOA de 2023 para aumentar os salários.

Apesar das negativas, servidores tiveram um reajuste de 9% em maio de 2023, algo que os encheu de esperanças em recuperar as perdas salariais na construção da LOA de 2024, afinal, essa seria a primeira LOA elaborada pelo governo que eles elegeram.

No dia 30/08/2023 os servidores foram informados pelo governo de que a LOA de 2024 não teria nenhum centavo para reajustes, ou seja, os SALÁRIOS EM 2024 SERIAM CONGELADOS. Após protestos, na mesa de negociação do dia 08/12/2023, o governo acenou com a possibilidade de existir reajuste em 2024, caso a arrecadação do governo fosse maior do que a prevista pela LOA.

A arrecadação do governo bateu recordes, estando projetada para uma arrecadação de 20 bilhões a mais do que a previsão inicial da LOA 2024, o que permitirá ao governo fazer um aditivo, definindo como gastar esse dinheiro. “Não queremos essa resposta em maio! Estamos disputando recursos que constam no excesso de arrecadação do Governo Federal. Esperar até maio vai acarretar iniciar uma negociação onde esse excesso de arrecadação já possa estar comprometido. Por isso, precisamos de pressão, mobilização e luta da nossa categoria para agora. A reestruturação das carreiras de docentes e técnico-administrativos e a recomposição salarial para 2024 dependem da nossa luta”, afirmou David Lobão, Coordenador-Geral do SINTEFPB.


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Edição: Cida Alves