A Coletiva de Mães Pachamamá irá realizar, neste mês de maio, uma programação recheada de momentos dedicados à maternância como prática social e ideológica.
A programação, intitulada ‘Maio Pachamamá - Valorizar a Maternidade é Revolução’, faz alusão à coluna mantida pela Coletiva Pachamamá no BdF/PB.
“Esta programação vem com o intuito de oferecer espaços de convivência e encontros para as mães e suas crias, espaços que promovam o debate, a troca, a economia criativa, a formação de opinião e o acolhimento. É uma programação que visa levar esses espaços para alguns territórios e espaços parceiros que dialoguem com a proposta da maternidade e também das infâncias livres”, explica Geysiane Felipe, integrante da Coletiva Pachamamá.
O objetivo da campanha é chamar a atenção para a maternidade, que, segundo ela, é “o ato de maternar em ação, uma forma ativa de vivenciar a maternidade, associando o exercício da maternidade à luta social, à luta por justiça social”.
Para Geysiane, maternar/maternância não diz respeito apenas à mãe, à pessoa mãe, mas a toda a sociedade.
“Em um mundo de completa incerteza, crescente violência, crescentes desastres naturais e problemáticas sociais e econômicas, é necessário criar pessoas melhores para tornar essa sociedade, e todas as outras que coexistem no mundo, um lugar melhor, um lugar mais justo”, complementa.
A Coletiva de Mães Pachamamá acredita que a mudança que precisamos passa, necessariamente, pelo ato de gestar, parir, cuidar e acolher as mães e as crianças.
Maio das Mães - Coletiva Pachamamá
A programação do Maio das Mães - Coletiva Pachamamá é composta por quatro encontros, em quatro espaços diferentes. A Pachamamá, organização sem sede fixa, atua visitando os espaços dos parceiros e desenvolvendo atividades em diversos locais.
11/05 - A primeira programação tem início no próximo sábado (11), às 15h, na Biblioteca Comunitária Baobazinho, localizada no Castelo Branco. A Biblioteca oferece um espaço de mediação de leitura, brincadeiras com jogos lúdicos e produção cultural, principalmente, por meio de seu acervo afro-indígena.
A programação terá leitura comunitária com o acervo da Baobazinho e com o acervo de livros da Coletiva Pachamamá para crianças e adultos. Na ocasião, haverá também duas oficinas: uma de mandalas em lã, com facilitação da artesã indígena Yarubedzé, e outra do projeto ‘Bolhas Inusitadas’, do Castelo Branco, que trabalha com a percepção sensorial e visual das bolhas gigantes com as crianças.
19/05 - A segunda programação da agenda será em parceria com o projeto Castelo de Histórias e o ‘Crias da UFPB - Grupo de Estudo Crianças, Cultura e Sociedade’. Também haverá uma Feira de Economia Solidária das Mães e uma Roda de Diálogo sobre como educar as crianças numa perspectiva feminista e antirracista.
Na sequência, haverá contação de histórias, oficinas para as crianças e exibição de Cineclube com o Cine Sesc, a partir das 16h.
25/05 - A terceira programação será em parceria com o Clube de Mães do Aratu e o projeto Nascer Com Doulas, vinculado à Associação de Doulas da Paraíba (ADPB), a partir das 15h, na comunidade do Aratu, em Mangabeira. Será uma roda de acolhimento para gestantes e puérperas, estendida a todas as mães que desejarem participar.
“Nesse momento, haverá partilha, autocuidado, informação e debate sobre a condição da maternidade das mulheres periféricas, e mulheres com seus mais variados recortes e necessidades”, destaca Geysiane.
26/05 - A quarta e última programação presencial será no Cherimbom Comidas Regionais, às 18h, com o Cine Pachamamá, seguido de um debate sobre maternidades e cinemas femininos, com curadoria de Martina Nobre.
O Cherimbom foi sede do Ciclo de Formação Polinização, realizado no mês de março. O projeto Polinização proporcionou um ciclo de formação audiovisual para mulheres mães naquele espaço e, a partir daquele momento, surgiu a ideia de criar uma exibição de filmes e um debate sobre os cinemas femininos e a maternidade.
Para maiores informações, siga a página da Coletiva Pachamamá
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Edição: Cida Alves