O Brasil de Fato Paraíba vem a público se solidarizar com a cantora e jornalista Cida Alves e o músico Leandro Silva em relação ao constrangimento sofrido por esses artistas, no exercício de suas funções, durante o que deveria ser uma apresentação musical, no bar Boteco Gaiato, no último dia 18 de maio.

Os artistas alegam ter sido interrompidos, pelo gerente do estabelecimento, de forma grosseira e sem nenhum diálogo, durante sua apresentação, sob o argumento de que o público do bar não estava gostando do repertório da dupla. Segundo Cida e Leandro, em nenhum momento houve a solicitação para que eles pudessem adequar o repertório ao gosto dos clientes ou do bar.

De acordo com a Consolidação das Leis de Trabalho, no artigo 442, "o contrato individual de trabalho é o acordo tácito ou expresso, correspondente à relação de emprego". O acordo tácito, ou seja, verbal, tem validade, ao contrário do que se pode pensar. Ele está plenamente amparado tanto pelo Código Civil brasileiro (art. 107) quanto pela CLT (art. 442). Nesse sentido, nos solidarizamos com os trabalhadores da cultura que tiveram seus direitos violados publicamente no exercício de sua profissão, de forma humilhante e degradante.

Enquanto um instrumento de comunicação popular, que faz jornalismo a partir de uma visão das trabalhadoras e dos trabalhadores sobre o mundo, o Brasil e a Paraíba, o Brasil de Fato afirma a importância do respeito a todas as linguagens artísticas como forma de emancipação social. Dessa forma, reafirmamos a importância de valorizarmos a música, a cultura e as artistas e os artistas como caminho incontornável para a construção de um mundo mais justo, mais igualitário e mais feliz.

Edição: Heloisa de Sousa