Paraíba

MOBILIZAÇÃO

Na Paraíba, servidores (as) ambientais, ligados ao Ibama e ICMBio, iniciam estado de greve nesta quarta (5)

No Dia Mundial do Meio Ambiente, mobilizações marcam a luta por reestruturação da carreira e por reajuste salarial

Brasil de Fato PB | João Pessoa |
Servidores e servidoras da carreira Especialista em Meio Ambiente, em ato em frente à Floresta Nacional da Restinga de Cabedelo, nesta quarta (5). - Foto: Divulgação/Asibama-PB.

A partir de hoje (5), Dia Mundial do Meio Ambiente, os servidores e servidoras da carreira de Especialista em Meio Ambiente na Paraíba, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), estão em estado de greve. A mobilização foi decretada em assembleia realizada no último dia 28 de maio, em razão de não terem tido suas demandas atendidas nas rodadas de negociações com o Ministério da Gestão e Inovação no Serviço Público (MGI), comandado pela ministra Esther Dweck e ligado ao governo federal. 

Os especialistas em meio ambiente da Paraíba lutam, principalmente, por reestruturação da carreira e por recomposição salarial, a fim de corrigir as perdas dos últimos dez anos. Com o estado de greve, a categoria pode deflagrar greve a qualquer momento.

Nesta quarta-feira, houve mobilização durante todo o dia, para marcar o início do estado de greve. Pela manhã, as servidoras e servidores estiveram em ação em frente à Floresta Nacional da Restinga de Cabedelo, conhecida como Mata da AMEM. À tarde, a mobilização foi na frente do Ibama, localizado na avenida D. Pedro II, em João Pessoa. 


Mobilização na manhã desta quarta (5). / Foto: Divulgação/Asibama-PB.
 


Mobilzação em frente ao Ibama, em João Pessoa, durante a tarde desta quarta. / Foto: Divulgação/Asibama-PB.

Segundo Fabiano Gumier, atual presidente da Associação dos Servidores da Carreira de Especialista em Meio Ambiente e PECMA na Paraíba (Asibama-PB), a categoria está em mobilização desde o final de 2023, quando não houve resposta do MGI sobre uma proposta enviada em agosto do ano passado ao órgão com as demandas da categoria. O MGI só passou a se manifestar quando os servidores iniciaram paralisações das atividades de fiscalização em todo o Brasil, no último mês de dezembro.

“O MGI, em três rodadas de negociação conosco, apresentou propostas extremamente absurdas e ofensivas para a nossa categoria que desconsideram toda a nossa demanda histórica pela reestruturação e pelas correções salariais”, conta Fabiano Gumier, atual presidente do Associação dos Servidores da Carreira de Especialista em Meio Ambiente e PECMA na Paraíba (Asibama-PB).

Conforme Gumier, os servidores elaboraram uma contraposta, que foi enviada ao MGI no mês passado, na qual recuam em relação algumas demandas da proposta de agosto de 2023 e incorporam algumas propostas feitas pelo MGI nas rodadas de negociações. “Todavia, o MGI não deu retorno até o momento da nossa contraproposta e, por isso, nós resolvemos escalar”, contextualiza.

Na terceira e última rodada de negociação, que ocorreu em abril deste ano, de acordo com Fabiano Gumier, o MGI informou que não haveria mais negociações, sendo aquela a última proposta. "O que foi mais ofensivo para a categoria, porque era uma proposta terrível, péssima, que na verdade diminuía o status da nossa carreira e criava uma separação entre servidores que estão na carreira no momento e os que vão entrar no futuro. Quem entraria na carreira no futuro, entraria com perdas salariais em relação a quem está hoje, o que é mais absurdo ainda”, salienta o presidente da Asibama-PB. “Se não houver acordo com o governo, vai ser greve”, conclui. 

Leia a nota da Asibama-PB sobre o estado de greve no estado da Paraíba

Acompanhe a mobilização na Paraíba através do perfil da Asibama-PB.

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Edição: Heloisa de Sousa