A partir de hoje (5), Dia Mundial do Meio Ambiente, os servidores e servidoras da carreira de Especialista em Meio Ambiente na Paraíba, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), estão em estado de greve. A mobilização foi decretada em assembleia realizada no último dia 28 de maio, em razão de não terem tido suas demandas atendidas nas rodadas de negociações com o Ministério da Gestão e Inovação no Serviço Público (MGI), comandado pela ministra Esther Dweck e ligado ao governo federal.
Os especialistas em meio ambiente da Paraíba lutam, principalmente, por reestruturação da carreira e por recomposição salarial, a fim de corrigir as perdas dos últimos dez anos. Com o estado de greve, a categoria pode deflagrar greve a qualquer momento.
Nesta quarta-feira, houve mobilização durante todo o dia, para marcar o início do estado de greve. Pela manhã, as servidoras e servidores estiveram em ação em frente à Floresta Nacional da Restinga de Cabedelo, conhecida como Mata da AMEM. À tarde, a mobilização foi na frente do Ibama, localizado na avenida D. Pedro II, em João Pessoa.
Segundo Fabiano Gumier, atual presidente da Associação dos Servidores da Carreira de Especialista em Meio Ambiente e PECMA na Paraíba (Asibama-PB), a categoria está em mobilização desde o final de 2023, quando não houve resposta do MGI sobre uma proposta enviada em agosto do ano passado ao órgão com as demandas da categoria. O MGI só passou a se manifestar quando os servidores iniciaram paralisações das atividades de fiscalização em todo o Brasil, no último mês de dezembro.
“O MGI, em três rodadas de negociação conosco, apresentou propostas extremamente absurdas e ofensivas para a nossa categoria que desconsideram toda a nossa demanda histórica pela reestruturação e pelas correções salariais”, conta Fabiano Gumier, atual presidente do Associação dos Servidores da Carreira de Especialista em Meio Ambiente e PECMA na Paraíba (Asibama-PB).
Conforme Gumier, os servidores elaboraram uma contraposta, que foi enviada ao MGI no mês passado, na qual recuam em relação algumas demandas da proposta de agosto de 2023 e incorporam algumas propostas feitas pelo MGI nas rodadas de negociações. “Todavia, o MGI não deu retorno até o momento da nossa contraproposta e, por isso, nós resolvemos escalar”, contextualiza.
Na terceira e última rodada de negociação, que ocorreu em abril deste ano, de acordo com Fabiano Gumier, o MGI informou que não haveria mais negociações, sendo aquela a última proposta. "O que foi mais ofensivo para a categoria, porque era uma proposta terrível, péssima, que na verdade diminuía o status da nossa carreira e criava uma separação entre servidores que estão na carreira no momento e os que vão entrar no futuro. Quem entraria na carreira no futuro, entraria com perdas salariais em relação a quem está hoje, o que é mais absurdo ainda”, salienta o presidente da Asibama-PB. “Se não houver acordo com o governo, vai ser greve”, conclui.
Leia a nota da Asibama-PB sobre o estado de greve no estado da Paraíba
Acompanhe a mobilização na Paraíba através do perfil da Asibama-PB.
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Edição: Heloisa de Sousa