Paraíba

GREVE IBAMA

Comitiva de servidores do Ibama e ICMBio foi recebida pela Ministra Esther Dweck (MGI), que se comprometeu com reabertura da mesa de negociações

Demanda da categoria vem desde o final de 2022, na transição para o terceiro governo de Lula

João Pessoa - PB |
Foto: Gerson Buss - Imagem Reprodução

Em evento oficial do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), realizado em João Pessoa nesta terça-feira (2), a Ministra Esther Dweck reafirmou o compromisso com a reabertura das negociações com os servidores da área ambiental federal.


Reprodução / Foto: Gerson Buss

A demanda pela valorização dos profissionais do Ministério do Meio Ambiente, Ibama, Serviço Florestal e ICMBio remonta ao final de 2022, durante a transição para o terceiro mandato do presidente Lula.

Durante o evento, uma comitiva de servidores do Ibama e ICMBio foi recebida pela Ministra Esther Dweck, na presença do Governador da Paraíba, João Azevedo. Os servidores ressaltaram as dificuldades enfrentadas pelas instituições públicas federais da área ambiental, enfatizando a necessidade de um acordo justo para a categoria por meio de uma negociação com a equipe do MGI.


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A Ministra Dweck reconheceu as limitações orçamentárias e comprometeu-se a acelerar as negociações com a categoria. "Estamos empenhados em encontrar uma solução justa, considerando as restrições financeiras que enfrentamos", afirmou.


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Fabiano Gumier, presidente da Asibama PB (Associação dos Servidores da Carreira de Especialista em Meio Ambiente e do PECMA no Estado da Paraíba) e servidor do ICMBio PB, destacou que a categoria tenta entrar em contato com o MGI desde maio. "Eles nos responderam com um ofício seco e curto, e a proposta que recebemos em junho foi rejeitada. Pedimos à Ministra a reabertura da mesa de negociações o mais rápido possível", declarou Gumier.

A insatisfação aumentou após o governo Lula conceder reajustes a outras categorias, como a Polícia Rodoviária Federal

"Desde maio a categoria tenta entrar em contato com o MGI que nos responderam com um ofício seco e curto. Nosso pedido para a ministra é a reabertura da mesa de negociações o mais rápido possível, e que o MGI faça um esforço de, pelo menos, considerar o que a gente está demandando, porque estamos nos sentindo muito desprestigiados no atual governo, que usa simbolicamente a agenda ambiental de uma forma muito positiva na sua imagem, mas desconsidera a dura realidade que a gente vive”, desabafa Fabiano.


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Greve em 24 estados e DF

Em todo país, servidores de 24 estados e do Distrito Federal aderiram ao movimento, que pleiteia a valorização salarial e reestruturação de carreira, com a diminuição das diferenças nos vencimentos das carreiras de nível médio e superior.


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Conforme a Ascema (Associação Nacional dos Servidores da Carreira de Especialista em Meio Ambiente), além do Ibama, estão em greve os trabalhadores do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, do Serviço Florestal Brasileiro e do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima..

Durante a greve, algumas atividades serão mantidas sob regime especial, principalmente emergências como combate a incêndios e atendimento a desastres. No entanto, operações de desintrusão e combate a crimes ambientais estão suspensas, o que pode impactar operações como a na Terra Indígena Yanomami.


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Os servidores argumentam que a carreira foi desvalorizada durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro e que, mesmo resistindo ao desmonte da política ambiental, não receberam o devido reconhecimento no governo atual. A insatisfação aumentou após o governo Lula conceder reajustes a outras categorias, como a Polícia Rodoviária Federal.

Desde janeiro de 2024, os servidores ambientais têm promovido uma paralisação gradual, resultando na redução do número de autos de infração e multas aplicadas, além de impactar negativamente as análises de licenciamento ambiental.

 


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Edição: Cida Alves