Paraíba

ALARMANTE

Aumento da violência sexual contra meninas na Paraíba; estupros e abandono de incapaz em alta

Abandono de incapaz, especialmente entre crianças de 0 a 4 anos, teve crescimento de 300% de 2022 para 2023

Joao Pessoa - PB |
Reprodução - Imagem: Getty Images/iStockphoto

O Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2023 revelou uma realidade estarrecedora sobre a violência contra crianças e adolescentes na Paraíba. O foco principal são estupros cometidos contra meninas. Dos 418 casos de estupro de vulnerável no estado,376 vitimas eram meninas até 14 anos. Esse número representa mais da metade dos casos totais, indicando uma escalada preocupante dessa forma de violência.O aumento representou 16,4% a mais em comparação ao ano anterior, indicando uma tendência preocupante de crescimento desses crimes no estado.

Além dos estupros, outros indicadores de violência também aumentaram significativamente. Os casos de lesão corporal dolosa em contexto de violência doméstica contra crianças e adolescentes subiram 14,9%. Especificamente na faixa etária de 0 a 4 anos, houve um aumento alarmante de 40% nos registros, enquanto entre crianças de 5 a 9 anos o aumento foi de 81,8%.

O relatório também destacou aumento no abandono de incapaz, especialmente entre crianças de 0 a 4 anos, com um crescimento de 300% nos casos de 2022 para 2023. Além disso, houve uma taxa de crescimento de 25% nos casos de pornografia infanto-juvenil na Paraíba, o que denota uma crescente exploração e vulnerabilidade das crianças e adolescentes na era digital.

Outro dado importante é o número de mortes violentas intencionais de crianças e adolescentes que aumentou em 75% em casos de crianças de até 10 anos. Entre as vítimas de 12 a 17 anos, o crescimento foi de 12,3%.

Além das agressões físicas e sexuais, os registros de maus tratos contra crianças e adolescentes também mostraram uma elevação, de 57 casos em 2022 para 75 casos em 2023, contabilizando um aumento de 31,6%. Diante desses dados alarmantes, é fundamental um esforço conjunto para fortalecer políticas públicas de proteção às crianças e adolescentes, além de campanhas de conscientização e educação para prevenir e combater todas as formas de violência e abuso.


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Edição: Cida Alves